segunda-feira, 8 de junho de 2009

Lula: Aproximação com América Central abrirá portas para produtos brasileiros

Depois de visitar três países da América Central na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (8) que o objetivo do governo é utilizar a estratégia de aproximação com El Salvador, Guatemala e Costa Rica para que produtos brasileiros cheguem aos Estados Unidos.

“Todos esses países têm tratado de livre comércio com os Estados Unidos e é importante que a gente construa parceria, sobretudo na área do biocombustível, para, por meio deles, vender o etanol brasileiro aos Estados Unidos”, disse em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente.

Ele avaliou a eleição do presidente de El Salvador, Mauricio Funes, como “uma conquista dos setores progressistas da sociedade latino-americana”. Para Lula, a posse de Funes representa um avanço da democracia em toda a América Latina.

Sobre a Guatemala, o presidente destacou o que considera “uma parceria extraordinária” na construção de política públicas, principalmente na área social. O país, segundo ele, reproduz estratégias brasileiras adotadas pelo atual governo como o Bolsa Família, o Restaurante Popular e o Escola Aberta.

Em relação à Costa Rica, Lula disse que o país apresenta “uma imensa possibilidade” de exportação de engenharia brasileira como serviços para construção de estradas, de aeroportos e de hidrelétricas.

“Tudo isso interessa ao Brasil: não só financiar para ajudar o desenvolvimento desses países, mas porque são sempre uma porta aberta para que o Brasil possa entrar nos Estados Unidos com produtos que são taxados se forem vendidos diretamente.”

Cuba
Durante o programa, o presidente Lula voltou a elogiar a decisão da Organização dos Estados Americanos (OEA) de revogar a medida que, em 1962, havia excluído Cuba do grupo. “Agora, se os cubanos vão entrar ou não é outra história”, disse, ao destacar que não há sinal favorável por parte de Cuba para o retorno.

Lula avaliou que a decisão foi importante porque representou consenso. Ele lembrou que a posição norte-americana era de terminar com a sanção à Cuba mediante palavras de respeito aos direitos humanos e à democracia, enquanto a Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) não defendia a exigência de elaboração do documento.

“Todo mundo concordou. Para nós, foi muito importante porque não implicou em uma derrota dos Estados Unidos nem dos países que fazem parte da Alba. Mais uma vez, prevaleceu o consenso e nós conseguimos construir uma proposta que atendeu aos interesses de todo mundo.”

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