terça-feira, 30 de junho de 2009

Toda forma de amor vale a pena.

Até agosto o time principal do Ferrão tem atividade. Se quiser continuar com calendário tem que se classificar para fase seguinte. Abre o olho Ferrão.


















Tabela do grupo em que se encontra o Ferroviário Atlético Clube na série D

Viva a diversidade Sexual

Fortaleza diz não à homofobia na grande festa da diversidade



29/06/2009
Aproximadamente 1 milhão de pessoas foram à X Parada pela Diversidade Sexual.
A população de Fortaleza comemorou o Dia Municipal da Consciência Homossexual mostrando por que é contra a homofobia. Entre 900 mil e 1 milhão de pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar, foram à X Parada pela Diversidade Sexual do Ceará, neste domingo 28, para celebrar todas as formas de amor.


A avenida Beira-Mar se cobriu com as cores da diversidade em defesa dos Direitos Humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Grupos de amigos, casais e famílias se uniram aos sete trios elétricos que animaram a festa. De acordo com o major Marden Oliveira, tudo transcorreu num clima de tranquilidade e sem registros de ocorrências graves.


A prefeita Luizianne Lins marcou presença no evento e destacou os dez anos da Parada pela Diversidade, que em sua primeira edição reuniu um público de apenas 300 pessoas.


“No primeiro ano nós tínhamos uma grande bandeira que o público mal podia segurar. Hoje eu vejo essa multidão empunhando várias bandeiras. É um sinal de que Fortaleza está dando seu recado: a construção de uma cidade mais humana e mais justa envolve o respeito a todos segmentos, independentemente da orientação sexual”, destacou.


A X Parada pela Diversidade Sexual do Ceará foi promovida pelo Grupo de Resistência Asa Branca (Grab), em parceria com associações, fóruns e ONG’s que atuam na defesa de Direitos Humanos, e apoio da Prefeitura Municipal de Fortaleza, do Governo do Estado do Ceará e do Governo Federal.


Devido ao público que reúne, a Parada que ocorre em Fortaleza todos os anos é considerada a segunda maior do País. Além da prefeita, estiveram presentes no trio da Coordenadoria de Políticas Públicas pela Diversidade Sexual a titular da Coordenadoria, Mitchelle Meira, e os vereadores Acrísio Sena, Guilherme Sampaio e Ronivaldo Maia.



Dia 28 de junho – Em Fortaleza, é o Dia Municipal da Consciência Homossexual, de acordo com a Lei nº. 8.626, de 2002, proposta pela então vereadora Luizianne Lins, com o apoio dos movimentos sociais pela diversidade.



As atividades alusivas à data começaram na última quinta-feira (25) com um café-debate para os servidores municipais, na Cidade da Criança. Na sexta e no sábado (dias 26 e 27), a população contou com uma série de atividades culturais e prestações de serviços na Praça do Ferreira e no Centro Cultural Sesc Luiz Severiano Ribeiro (Cine São Luiz).

"Inocente todo"

Tucano admite ter recebido dinheiro de Agaciel

Até então na mira dos holofotes da mídia como guardião da ética e moralidade, a máscara do senador tucano Arthur Virgílio (AM) caiu neste final de semana (29) após matéria da ISTO É revelar que ele recebeu US$ 10 mil do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia, a quem ele chamou de "ladrão" na semana passada.

Ao representar nesta segunda (29) no Conselho de Ética contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o senador amazonense, admitiu que contraiu um empréstimo por intermédio de um amigo que trabalha em seu gabinete, Carlos Homero Vieira Nina.

Sob o título "Os amigos Sumiram", a matéria da revista semanal diz que Arthur Virgílio tentou se antecipar a futuras revelações que poderiam constragê-lo. Por isso, foi ao plenário na semana passada dizer que estava sendo chantageado. "Só que acabou dando um tiro ainda mais certeiro no próprio pé", diz o texto.

Segundo a reportagem, o senador contou que, durante uma viagem a Paris, em 2003, com a família, ao tentar fazer uma compra identificou um problema com seu cartão de crédito. Ele foi rejeitado. De acordo com sua versão, um amigo conterrâneo e funcionário do Senado foi acionado para resolver o problema.

"Mas não foi bem o que aconteceu. Quem Virgílio procurou pedindo socorro foi o próprio Agaciel. Para isso, fez o contato por intermédio do amigo Carlos Homero Vieira Nina, hoje lotado em seu gabinete."

A matéria diz que "Homero telefonou para Agaciel numa manhã de domingo e pediu encarecidamente que o ajudasse. Foi taxativo: era um pedido urgente de Arthur Virgílio. Na conversa, Agaciel ponderou que seria impossível, pois era um domingo. Mas, diante da insistência do assessor de Virgílio, o ex-diretor telefonou para o gerente do banco e pediu que fizesse uma transferência de sua própria conta poupança no valor de US$ 10 mil para a conta do senador."

Diz a revista que assim o cartão de crédito foi liberado. "O fato foi confirmado à ISTOÉ por pessoas próximas ao exdiretor- geral. Com amigos, Agaciel comentou que esse dinheiro até hoje não lhe foi ressarcido."

Ainda segundo a revista Homero empregou no gabinete de Virgílio seus filhos Guarani Alves Nina, Tomas Alves Nina e Carlos Alberto Nina Neto. O último mora no Exterior, mas não deixa de receber salário.

"Há quem diga que a súbita fúria de Virgílio contra Agaciel estaria relacionada a outro fato que ele preferiu não contar em público: a exoneração do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) de Vânia Maione, esposa de Homero. Ela foi substituída por Carlos Roberto Stuckert, a mando de Agaciel", especula a revista.

Outro episódio, diz a matéria, que o senador tentou justificar como uma possível chantagem de Agaciel se refere ao tratamento de saúde de sua mãe, Isabel Vitória de Matos Pereira, falecida em 2006. Como esposa de ex-senador, ela teria direito pelo regimento do Senado a ressarcimento de até R$ 30 mil por ano. Mas, segundo levantamento feito por servidores do Senadoforam gastos R$ 723 mil com as despesas médicas.

"O pagamento foi autorizado a contragosto pelo então presidente da Casa, senador Antônio Carlos Magalhães, também graças a um pedido de Agaciel. Por várias ocasiões, ACM chegou a questionar com diretores do Senado o gasto muito acima do permitido pelo regimento interno."

No discurso de duas horas no Senado, o líder do PSDB na Casa disse que não sabia que o amigo pedia o empréstimo não pago a Agaciel. Homero acha que avisou ao seu padrão.

Trabalho, trabalho, trabalho, trabalho. Obras sociais e físicas é assim que se transforma uma cidade.













Transfor: iniciadas obras nas ruas Silva Paulet e Ildefonso Albano
As vias receberão drenagem e restauração.

O Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor) deu início ontem, segunda-feira (29 de junho), a restauração da Rua Ildefonso Albano, no trecho entre as avenidas Soriano Albuquerque e Antônio Sales, e a drenagem da Rua Silva Paulet, entre a Júlio Ventura e a Av. Padre Valdevino, localizadas na área da Secretaria Executiva Regional (SER) II.

As intervenções na Ildefonso Albano incluem drenagem, terraplenagem, pavimentação, construção de meio-fio e sarjetas, além da regularização das calçadas de acordo com o que determina a lei municipal. A previsão para conclusão deste trecho é de 90 dias.

Já na Silva Paulet a obra tem por objetivo a complementação do sistema de drenagem para o correto escoamento das águas pluviais. A previsão para conclusão deste trecho é de 60 dias, finalizando com a recomposição da pavimentação, mais resistente e de longa durabilidade.

As vias serão interditadas nestes trechos, sendo que o acesso às residências e ao comércio local está garantido. A população da região foi informada do início das obras pela equipe social do Transfor. Nestes locais, também serão implantados os projetos de desvio de tráfego, aprovados pela Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania de Fortaleza (AMC), para indicar as rotas alternativas e orientar os motoristas.

As rotas alternativas são: Rua Barão de Aracati e Avenida Rui Barbosa, no caso da Ildefonso Albano, e Rua Tibúrcio Cavalcante e Avenida Barão de Studart, no caso da Silva Paulet.

Quem puder ir, uma dica para as férias de jullho. Mundaú um paraíso

Em boas mãos.

Raquel Viana toma posse na Coordenadoria Especial de Políticas para as Mulheres

A nova titular da Coordenadoria Especial de Políticas para as Mulheres, Raquel Viana, toma posse nesta terça-feira (30), às 17h, no Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência Doméstica e Sexual Francisca Clotilde. O equipamento fica à Rua Gervásio de Castro, 53, Benfica.
Assistente social, militante feminista e secretária estadual de mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT), Raquel Viana, no primeiro governo da prefeita Luizianne Lins, foi assessora da Área Técnica da Saúde da Mulher e Gênero da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), onde contribuiu com a implantação dos serviços de atendimento às mulheres em situação de violência doméstica e sexual nos Gonzaguinhas da Messejana, do José Walter e Hospital Nossa Senhora da Conceição, no Conjunto Ceará. Desde 2006, é assessora técnica da Coordenadoria Especial de Políticas para as Mulheres de Fortaleza.

Bancada do PT condena golpe em Honduras

Em nota, a bancada do PT na Câmara dos Deputados condenou “de forma veemente” o golpe de estado levado a efeito pelas Forças Armadas de Honduras contra o governo do Presidente José Manuel Zelaya.

A nota é assinada pelo líder da Bancada, Cândido Vaccarezza (PT-SP)
Leia a íntegra:
“A bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados condena de forma veemente o golpe de estado levado a efeito pelas Forças Armadas de Honduras contra o governo legítimo e democrático do Presidente José Manuel Zelaya.
Para a bancada do PT a única forma de superar a crise hondurenha reside na devolução do poder ao Presidente legítimo, nesse sentido manifesta seu apoio à diplomacia brasileira e dos demais países latino-americanos que se negam a reconhecer um governo originário de um golpe de força.
A bancada expressa também sua esperança de que o governo americano e a OEA (Organização dos Estados Americanos) neguem seu reconhecimento diplomático aos golpistas que assaltaram o poder em Tegucigalpa.
O golpe em Honduras merece a condenação unânime de todas as forças democráticas e o isolamento completo de um governo golpista que não merece ser reconhecido por ninguém num continente que luta pela consolidação da democracia e da liberdade.


Liderança PT/Câmara (www.informes.org.br)

Honduras: povo continua na rua; militares intensificam repressão

Em Honduras, milhares de pessoas continuam nas ruas em protesto ao golpe de Estado, não acatando o toque de recolher obrigatório. Na capital, acampadas nas imediações da casa presidencial, elas reivindicam o retorno do presidente eleito, Manuel Zelaya, e da ordem institucional. Apesar do caráter pacífico da vigília, o clima é de tensão, já que os militares intensificaram a repressão.

Manifestantes convocaram greve para amanhã

Nesta segunda, os protestos se estenderam a várias cidades do interior do país. De São Pedro Sula, o ativista Alex Ramos informou que crescem as manifestações. Simpatizantes de Zelaya tomaram as estradas que ligam a fronteira da Guatemala com San Pedro Sula, e a maioria das lojas e algumas indústrias da região estão fechadas.
Em outras cidades do país, como El Progreso, também foram registrados bloqueios de estradas e mobilizações. Nas ruas, a população avalia que o clima é tenso.
O movimento na capital - cada vez mais forte - tenta, em vão, dialogar com os militares que se encontram nos arredores da casa presidencial, pedindo que não traiam a sua pátria, contou a colaboradora da Telesur, Adriana Sívori. De acordo com ela, os efetivos militares tentam repelir os integrantes do protesto com a utilização de força.
Eles tentam abrir espaço nas avenidas próximas ao palácio governamental, bloqueadas pelos contrários ao golpe. Dois grupos com 400 efetivos se encontram destacados para a repressão próximos à casa presidencial, em tanques e com armas de guerra e bombas lacrimogênicas, que chegaram a ser utilizadas, durante confronto com os manifestantes. ''Não ao golpe de Estado'', diziam os hondurenhos.
Com a colaboração da polícia, os efetivos do grupo 'cobra' das Forças Armadas vão tomando posição nas ruas onde se mantêm os protestos. Imagens transmitidas pela Telesur, mostram helicópteros sobrevoando a área e manifestantes sendo presos. Até o momento, foram informadas as detenções de sete pessoas, entre as quais, três dirigentes sindicais do Srviço de Energia Elétrica da nação.
Um manifestante hondurenho morreu atropelado por um caminhão militar, nas imediações da empresa de telecomunicação Hondutel, perto da zona de protestos. Segundo declarou o dirigente da federação Unitária de Trabalhadores, Juan Barahona, ele foi fortemente lesionado após o impacto com o veículo e morreu logo depois.
O incidente ocorreu no primeiro dia da resistência convocada pela Frente de Resistência Popular, da qual participam centrais sindicais, organizações campesinas e estudantes. Para amanhã, foi convocada uma greve geral. A iniciativa está sendo organizada pelas centrais sindicais.

Medida importante. Onde estão as mobilizações no Ceará?

Trabalhadores vão acompanhar votação da redução da jornada

O auditório Nereu Ramos, o maior da Câmara dos Deputados, com capacidade para 310 pessoas, vai ser o palco da votação da proposta de emenda à Constituição da redução da jornada de trabalho, marcada para esta terça-feira (30). O local foi escolhido para acomodar os trabalhadores recrutados pelas seis centrais sindicais que prometem uma grande manifestação em Brasília. A expectativa do relator, deputado Vicentinho (PT-SP), é de que haja “presença maciça” dos trabalhadores na votação da proposta.
O parecer do relator é pela aprovação da matéria que prevê a redução da carga máxima de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais. A proposta, de autoria do então deputado e hoje senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), também aumenta o valor da hora extra de 50% para, no mínimo, 75% do valor da hora normal.
“Já li parte do relatório e o voto será lido nesta terça-feira (30), quando deveremos votar. No texto me posiciono a favor da redução da jornada que, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), permitirá a criação de 2,5 milhões de empregos”, disse Vicentinho.
E acrescenta que: “Além disso, a redução é importante para a melhorar a saúde do trabalhador, diminuir os acidentes de trabalho e estimular que o funcionário possa fazer cursos de aprimoramento.”
Também nesta terça-feira, as centrais sindicais - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Força Sindical, Nova Central e União Geral dos Trabalhadores (UGT) - entregam carta aos parlamentares sobre a importância da redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Depois de aprovada na comissão especial a matéria seguirá para análise do plenário da Câmara, onde será votada em dois turnos.

Evitar atraso

A votação do parecer, marcada inicialmente para o dia 16 de junho, foi adiada por pedido de vistas do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP), o Paulinho da Força. Ele explicou que adotou a tática de pedir vistas para evitar que algum deputado apresentasse o pedido no dia previsto para votação e atrasasse ainda mais a tramitação da PEC.
A reunião da comissão especial foi marcada para o Auditório Nereu Ramos para dar espaço aos apoiadores da proposta, que, no dia 16, durante a leitura do parecer, lotaram o auditório da comissão.
Na leitura de seu parecer, o relator apresentou um resumo das audiências públicas realizadas pelo colegiado. Nas audiências, foram ouvidos empresários, representantes dos trabalhadores e também do Poder Judiciário.
Durante as audiências alguns parlamentares que, em princípio não tinham opinião formada sobre a redução da jornada, modificaram sua posição no mérito da questão. Entre eles está o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que declarou à assessoria do DIAP apoio à matéria com base nas discussões desenvolvidas no colegiado.
A aprovação da proposta na comissão configurar-se-á num importante passo para o movimento sindical, pois a proposta não mais poderá ser arquivada; ficará na pauta do plenário até que seja votada, superando uma discussão, que no Brasil se iniciou na Constituinte de 1988.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Boa sorte Ferrão.

o Ferrão estréia na série D do Brasileirão. Sem enfeitar a conversa, a velha e boa 4ª divisão. Um clima interno (na direção) não muito bom e um time que não nos garante que teremos nosso primeiro titulo nacional, sim o primeiro, não somos campeões de nenhuma das divisões e nem da Copa do Brasil (somente vice) no contexto nacional. O futebol é surpreendente (mas nem sempre), quem sabe que com o time desacreditado, disputas internas o Ferroviário não consiga o feito de ser Campeão e passar para “terceira” ano que vem. Para passar para a terceira não precisa ser campeão. Sou um dos que acreditam que um time do porte do Ferroviário tem obrigação de ser campeão da quarta divisão. Poderia ter se preparado melhor. O que posso fazer é torcer e desejar ao time fundado por Caracas boa Sorte.

Lula: interesses pessoais não devem se sobrepor ao projeto nacional em 2010

Leia abaixo entrevista com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicada pelo jornal Zero Hora nesta sexta-feira (26):

O que é melhor para a campanha da ministra Dilma Rousseff nos Estados em 2010? Chapa puro-sangue com PT na cabeça ou alianças com o PMDB?
Luiz Inácio Lula da Silva – Trabalho com a hipótese de construir uma aliança entre PT e PMDB, PDT e PTB. Uma parte importante da base do governo precisa compor nos Estados para que a gente possa ganhar e governar. O problema não é ganhar, é governar. É você ter um grupo de pessoas dispostas a trabalhar para destravar um País, um Estado, para que a gente possa apresentar à sociedade uma perspectiva. A Dilma tem de trabalhar com a possibilidade de um grande leque de alianças para ganhar bem e governar bem.

O PT está disposto a fazer sacrifícios?
Não temos o direito de não fazer sacrifício e permitir que o desejo pessoal de alguém prevaleça sobre os interesses coletivos de um partido, seja estadual ou nacional. É preciso um debate para saber o seguinte: o que nos interessa neste momento? Quais os Estados que temos de disputar, em quais temos chances? Que tipo de aliança poderemos fazer e o que queremos construir? Se fizermos essa discussão corretamente, fica fácil construir as alianças. É preciso construir um time que vá do goleiro ao ponta-esquerda para trabalhar junto nessa campanha. Essa minha concepção vale do Oiapoque ao Chuí. Mas quem decide isso são os partidos. Só espero que as pessoas tenham aprendido.

Como o senhor vê a ideia de o PT abrir mão da candidatura ao governo de SP em favor do deputado Ciro Gomes (PSB)?
O Ciro tem todas as condições de ser candidato em qualquer lugar do Brasil. Por enquanto, só vejo especulação, nada sério. Mas acho que o Ciro daria trabalho
em São Paulo.

Esta semana o senhor criticou a imprensa por dar tanto espaço à crise no Senado. O senhor segue apoiando o senador José Sarney ou defende o afastamento dele da presidência da Casa?
Não critico a imprensa por conta do Senado. É pelo denuncismo desvairado que, às vezes, não tem retorno. Há uma prevalência da desgraça sobre as coisas boas. Talvez venda mais jornal. Citei um jornal quando fiz a crítica. Você tinha a volta do crescimento do emprego, cento e poucas mil vagas criadas. E a manchete era desse tamanho (faz um gesto com as duas mãos para indicar altura) sobre um emprego equivocado no Senado. Os milhares de empregos criados estavam numa notícia secundária. A nação precisa de boas notícias, de autoestima, para poder vencer esse embate com a crise internacional. Sobre as denúncias no Senado, que se faça investigação. Quem estiver errado deve ser punido. Todos os senadores têm mais de 35 anos de idade, estão na idade adulta. O Sarney já anunciou que vai investigar.

A defesa que o senhor faz de Sarney tem a ver com a eleição de 2010? A crise do Senado pode agravar a relação com o PMDB, que já não anda boa?
Não acho que algum senador vá renunciar ao mandato. Eles vão se acertar e prestar contas. A minha cabeça não trabalha pensando em 2010. Agora, tenho clareza de que nós saíremos bem em 2010 se a gente estiver bem em 2009.

O vice ideal para Dilma seria do PMDB?
Vamos discutir isso. Veja a importância do PMDB no Brasil, um partido que tem mais vereadores, mais deputados, mais senadores, mais governadores. Tem um potencial muito grande. Mas não é apenas isso que credencia alguém para ser vice. Primeiro, o vice tem que ser da concordância de quem vai ser candidato a presidente. Você não pode ter um vice que não tenha uma afinidade política, ideológica e visão de Brasil.

O senhor tem acompanhado o tratamento da ministra Dilma. Como ela está? Há riscos de prejuízo à campanha dela?
Por tudo que tenho conversado com os médicos, não acredito (em prejuízos). Mas doença é doença. No momento certo, o médico vai dizer se parou ou não o tratamento. A Dilma tem trabalhado a mesma coisa. Ela tem um ou dois dias por semana que se sente mais cansada, depois da quimioterapia, e diminui um pouquinho o ritmo. Todo mundo que já teve esse tipo de câncer diz que é curável. A Dilma vai ficar extraordinária e a hora que tiver que anunciar estará pronta para o embate. Se for candidata mesmo – depende ainda dos partidos e dela própria –, a partir de março se afasta e começa a campanha.

Quem vai para o lugar dela? O ex-ministro Antonio Palocci?
Não, não. Não posso discutir agora o que vou fazer. Mas não pretendo colocar nenhum ministro novo no governo.

Pelo menos 14 ministros devem sair até abril para concorrer nas eleições. Como o senhor pretende conduzir as substituições: com indicações políticas ou recorrendo a técnicos?
Não vou trazer uma pessoa para chegar sem conhecer o histórico do próprio ministério, das obras, dos projetos. Desse jeito, irei paralisar o governo por dez meses. Na hora que o ministro for saindo, o secretário executivo assume e vai tocando. Não quero mexer no andamento das coisas que estamos fazendo.

Na oposição, o senhor e o PT criticavam muito o antecessor, Fernando Henrique por viajar demais. Nenhum presidente colocou o Brasil tão em evidência como o senhor nessas missões internacionais. O que mudou e qual a utilidade desse trabalho?
Mas se você pegar o meu discurso verá que eu dizia: “Ele (Fernando Henrique) tem o direito de viajar pra fora, o que é lamentável é que ele não viaje aqui dentro”. E viajo muito lá fora e viajo muito aqui dentro. É inexorável. O número de aliados que o Brasil estabeleceu nesses seis anos é muito grande. As pessoas querem ouvir o Brasil.

Qual é a utilidade desse seu trabalho no exterior?
O momento histórico me deu essa projeção. Nós levamos cinco anos para poder consolidar o Bric (grupo formado pelos grandes países emergentes – Brasil, Rússsia, Índia e China) como uma instituição. Vamos ter a segunda reunião no Brasil no final do ano que vem. O Brasil está muito importante. Lembro quantas críticas recebi quando fiz a primeira viagem à África. “Mas por que na África? Não tem nada para vender na África.” Pergunta ao ministro (da Indústria e Comércio) Miguel Jorge, que voltou com uma caravana empresarial da África agora. A gente não tem o que vender é para a Alemanha, Suécia, EUA, porque precisa mais valor agregado, competitividade tecnológica. Mas para a África, América Latina, parte do mundo asiático e para o mundo árabe, o Brasil só tem é que vender.

O senhor vai encerrar o seu governo sem a reforma política e sem a reforma tributária?
Mandei as duas para o Congresso. Não sei quantos anos tenho de vida, mas quero estar perto para ver o dia em que alguns empresários disserem que é preciso fazer reforma tributária. O DEM fez da reforma tributária a bandeira dele. Mas eles não querem. Mandei duas propostas. Em abril de 2003 e outra no ano passado. Quando fazemos as reuniões com governadores, prefeitos e empresários, todo mundo concorda. Quando chega no Congresso, ninguém concorda mais.

O senhor tem dito que quer ser um cidadão do mundo depois de 2010. O presidente Barack Obama disse que o senhor é ‘o cara’. Ele seria o seu cabo eleitoral para o senhor ocupar um espaço na ONU, Banco Mundial? Qual é o seu desejo pessoal?
Quando falei cidadão do mundo, me perguntaram o que queria fazer. Não tenho pretensões. A minha maior pretensão agora é ver se eu pago a promessa que eu fiz para Dona Marisa em 1978. Ela queria que eu deixasse o sindicato e prometi que era o último mandato e que, depois, ia me dedicar à família. Já são 31 anos e não consegui. Pretendo me voltar um pouco para a família. Também não quer dizer que vá deixar de fazer política. Gostaria de trabalhar muito essa questão de integração da América Latina, da África. Acho que precisamos cuidar com muito carinho da África. Por isso, estou indo pra lá no dia 1º, na Cúpula Africana, na Líbia.

Mas com essa popularidade que o senhor tem, será que na eleição de 2014 a dona Marisa resiste? Pesa mais do que uma pressão para que o senhor volte a disputar a Presidência?
Tenho que recusar discutir 2014, porque não seria benéfico para mim e para quem quero eleger. Vamos supor que eu eleja a companheira Dilma a candidata do PT e o povo brasileiro eleja a Dilma presidente do País. Ora, qual é o meu papel? Trabalhar para que ela faça o máximo possível e ela tem o direito de querer ser candidata à reeleição. Senão, o que acontece? Se eu não tiver essa consciência de que ela tem de fazer mais e fazer melhor, fazer o governo dela sem tutela e patrulhamento de ninguém, sem saudosismos, você tira a possibilidade de uma grande mulher fazer um grande governo. Mas ela ficar no governo vendo que eu sou sombra, “ah, em 2014 ele vai voltar”... Vou torcer para que ela possa fazer o melhor e ser candidata à reeleição. Se for um adversário que ganhe, aí sim pode estar previsto em 2014 eu voltar. Depende.

Há uma posição de que as pessoas beneficiadas com o Bolsa-Família não saem do sistema. Estaria faltando um segundo passo, para as pessoas recuperem a cidadania?
Essa visão elitista dos brasileiros é responsável por mais de um século de empobrecimento generalizado. Com o Programa Luz para Todos, 83% das pessoas que receberam energia compraram televisão, 79% geladeira, 44% aparelho de som, 44% voltaram a estudar à noite. Alguém que nasceu na avenida Copacabana, que nunca teve problema, acha que R$ 80 é pouco, mas para um pobre é muito. À medida que a economia vai crescendo, as pessoas vão deixando o Bolsa-Família e deixam outros entrarem. 600 mil já deixaram o programa.

O senhor vai ampliar o prazo de redução do IPI?
Não posso falar porque as empresas estão falando por aí: “Compre seu carro logo”. Falando em política tributária, imposto e política social, quero dar uma explicação lógica. Todos queremos que o Brasil tenha uma política tributária muito mais simplificada. O ideal é que a gente aumente o número de contribuintes. A carga tributária brasileira não é algo a ser comparado com os países desenvolvidos. Num País que tem 10% de carga tributária, não há Estado. Pode mapear quais são os países. A política social é extremamente importante porque por mais de 20 anos se discutiu no Brasil se a gente deveria distribuir para crescer ou crescer para distribuir. Começamos a fazer os dois juntos e o resultado foi extraordinário. A ascensão dessa molecada por conta do ProUni: são 545 mil jovens da periferia na universidade, 40% deles negros. A política social é uma coisa barata, ela perpassa a ignorância, a violência. Na hora em que o pobre tem uma ajuda, todo mundo vai melhor, vai ter menos bandido, menos violência.

A oposição ganharia se usasse esse discurso?
Não sei, porque não é só o discurso, é preciso olhar nos olhos das pessoas.

O senhor acha que a oposição torceu para que a crise afetasse o Brasil?
Torceu e muito. Teve gente que até acendeu vela.

Houve gente que queimou os dedos?
Uns queimaram a língua, outros queimaram os dedos. Quando deixar o governo, vou montar um grupo para pesquisar as análises econômicas que fizeram sobre o meu governo, para saber quem errou e acertou. Sobre a crise, ninguém precisou explicar porque ela era internacional. Tivemos dois momentos da crise. Em setembro do ano passado eu estava no Panamá quando surgiram os primeiros sinais. Voltei, fiz várias reuniões com economistas, analisamos e percebemos que a crise chegaria muito pequena no Brasil. Até que desapareceu o crédito no mundo inteiro. Tomamos todas as medidas necessárias e somos reconhecidos no mundo inteiro.

É por essa questão de orgulho que o senhor não quer que a Petrobras sofra uma CPI?
Se tem um fato determinado, diga e faça a CPI. O que não pode é, de forma irresponsável, pegar a mais importante empresa do País e tentar, um ano antes das eleições, achincalhar. Numa CPI sem fato determinado, vale tudo. Se tiver de fazer, o que queremos é uma coisa séria. O que se propôs não tem nada de seriedade.

O que incomoda o senhor na CPI são os investimentos da Petrobras, que podem ser prejudicados, ou é o caráter eleitoral?
Acho que CPI não pode ser feita para fins apenas de disputa eleitorais. É não respeitar o País. Agora, a CPI é um instrumento da oposição em qualquer lugar do mundo. Estamos em uma crise econômica profunda, em que a Petrobras teve dificuldades para pegar dinheiro emprestado lá fora. Se uma empresa como a Petrobras encontra dificuldades em arrumar dinheiro, fico imaginando se começar um processo de achincalhamento. O denuncismo é isso. Acho que a Petrobras deveria ser investigada pelo Tribunal de Contas da União e pelo Ministério Público.

O ministro Tarso Genro tem defendido a punição dos torturadores do regime militar. Ele faz isso com o aval do senhor ou é uma posição pessoal dele?
É uma tese do Tarso. No governo, temos pessoas que pensam diferente.

E o senhor?
Não sou jurista (risos).

O que o senhor diria para o cidadão brasileiro. Deve gastar ou esperar mais um pouco?
Deve gastar. As pessoas podem acreditar que o País está mais sólido do que já esteve. É importante o povo comprar. Não quero que faça dívidas. Mas se tiver uma economia, compre.

Do site:www.pt.org.br

O melhor da gleba patativense. Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto. Extraórdinária manifestação cultural do nosso povo.

Nossas maravilhosas guerreiras.


















Nossa homenagem a todas as mulheres nas sua lutas contra a opressão e o machismo, através da fantástica obra de Di Cavalcanti "mulheres protestando"

Frente Ampla do Uruguai irá de Mujica para presidente

O ex-guerrilheiro tupamaro José Mujica será o candidato da governista Frente Ampla nas eleições presidenciais uruguaias de 25 de outubro. Mujica venceu neste domingo (28) as prévias no interior da frente partidária de esquerda, obtendo de 53% a 57% dos votos, conforme pesquisa de boca de urna do instituto Factum.


Mujica ao votar na prévia da Frente Ampla
O ex-ministro da Economia Danilo Astori, que concorreu com Mujica defendendo posições mais ao centro, teve entre 34% e 38% conforme a pesquisa. O prefeito de canelones (perto de Montevidéu), Marcos Carámbula, ficou com 7% a 9%. O diretor da Factum, Oscar Botinelli, apresentou os números no Canal 4 da TV uruguaia.

Mujica hoje é senador pelo MPP (Movimento de Participação Popular), sucessor político dos tupamaros e maior agremiação da Frente Ampla. Durante a ditadura passou 14 anos no cárcere, tornando-se uma lenda viva da resistência. Após a vitória da Frente Ampla em 2004, que elegeu o atual presidente Tabaré Vásquez, foi ministro da Agricultura por três anos, mas deixou a pasta para se permitir uma postura mais crítica face ao governo.

A indicação de Mujica é vista como um passo da Frente Ampla à esquerda. Já Astori representaria uma continuidade do governo de Vásquez, com uma postura de centro-esquerda tradicional, que o levou a considerar longamente a possibilidade de um Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos.

Dois candidatos da direita

Também neste domingo aconteceu a prévia no Partido Nacional (ou Blanco), principal sigla da oposição uruguaia conservadora. O ex-presidente Luis Lacalle foi escolhido para disputar a eleição, obtendo de 56 a 58%. A disputa foi polarizada com Jorge Larrañaga, que teve de 42% a 44%.

O Partido Colorado, também conservador, escolheu para candidato presidencial a Pedro Bordaberry. O filho do ex-ditador Juan Bordaberry (1974-1976) conseguiu entre 74% e 80% conforme a boca de urna.

No Uruguai as prévias dos partidos e frentes são regulamentadas por lei e ocorrem em uma mesma data. A Frente Ampla é considerada a favorita na eleição presidencial, já que os partidos tradicionais, Blanco e Colorado, sofreram um longo desgaste que culminou com a eleição de Vásquez. No entanto, os problemas derivados da crise econômica podem levar a um segundo turno, onde blancos e colorados tendem a se unir contra o inimigo comum.

Greve Geral em Honduras contra o golpe militar.


Hondurenhos convocam greve geral contra o golpe

As forças populares de Honduras convocaram uma greve geral com início nesta segunda-feira (29), em apoio ao presidente constitucional da república, Manuel Zelaya. Neste domingo Zelaya foi vítima de um golpe militar. Tropas do exército entraram na residência presidencial, atirando, sequestraram Zelaya e o conduziram a força para a Costa Rica. À tarde, o Parlamento, sem a presença dos deputados legalistas, depôs Zelaya e empossou em seu lugar o presidente do Legislativo, Roberto Micheletti.
O presidente da federação Unitária de Trabalhadores de Honduras, Juan Carlos Barahona, disse à Agência Bolivariana de Notícias, em entrevista por telefone, que ''o povo vai manter a resistência'', concentrando-se diante da sede do governo e exigindo a volta do presidente eleito pelo povo em 2005.

''Também nos outros departamentos do país o povo está nas ruas, mobilizado'', disse Barahona.

Os militares golpistas ameaçaram impor um toque de recolher em Tegucigalpa, mas Barahona disse que ele não será obedecido. ''A decisão que temos é de continuar nas ruas. Ninguém irá para casa nem abandonará essa luta'', afirmou.

''Vamos desafiar esse toque de recolher dos golpistas e militares gorilas'', agregou. O termo ''gorila'', usado na América Latina do século passado para designar militares truculentos e golpistas, voltou subitamente à atualidade depois do golpe.

''Pela primeira vez, dignidade''

A representante do Sindicato dos Trabalhadores no Registro de Pessoas, Maritza Somoza, informou que a iniciativa da greve geral é apoiada por todos os trabalhadores, pelas confederações de organizações sindicais de Honduras.

A sindicalista salientou que o movimento sindical hondurenho tem uma profunda motivação para apoiar o presidente. Argumentou que o governo de Zelaya foi o único que deu dignidade aos trabalhadores.

''É a primeira vez que um presidente nos dá dignidade'', disse Maritza. Ela observou que, em resposta a essa dignidade, a bandeira do povo hondurenho será agora a convocação da Assembléia Nacional Constituinte .

''A bandeira do povo hondurenho já não é a consulta, da qual participávamos de maneira simbólica, mas agora vai será a convocação da Assembléia Nacional Constituinte. Agora o que queremos é um governo que esteja diretamente nas mãos do povo'', disse a líder sindical.

Ela descreveu esse processo como ''o despertar do povo hondurenho''. ''Este povo já foi apático, nunca tínhamos visto que as pessoas respondessem como agora''.

Maritza descreveu que, enquanto os trabalhadores apóiam o presidente Zelaya, a burguesia foge do país, tirando de Honduras os seus filhos e interesses económicos. Disse que o governo constitucional perdoou uma dívida de mais de 8,7 milhões de lempiras (moeda de Honduras) de várias empresas privadas, mas a burguesia continua a hostilizá-lo.

Deputado vê 37 cidades mobilizadas

O deputado Marvin Ponce, do partido Unificação Democrática, que apóia Zelaya, avaliou que existem 50 mil pessoas em 37 cidades dispostas a resgatar o mandato presidencial truncado pelo golpe. Para Ponce, a mobilização acontecerá mesmo que haja repressão, pois a única saída para a crise é o retorno do presidente, o fim do ''governo usurpador'' e o julgamento dos deputados que estão apoiando o golpe.

O deputado Tomas Andino Mencias, do mesmo partido, esclareceu que ele e seus companheiros não participaram da sessão do Congresso que entregou o poder a Micheletti. Segundo Mencias, os parlamentares legalistas estão sendo presos.

Oito ministros também teriam sido presos, entre eles Patricia Rodas, ministra de Relações Exteriores, que fez um chamamento à resistência popular antes de ser detida. Patricia foi presa por militares encapuzados e armados, na presença dos embaixadores da Venezuela, de Cuba e da Nicarágua, que a visitavam para hipotecar-lhe apoio.

Condenação mundial

Enquanto Honduras prepara a greve geral, a reação mundial ao golpe deste domingo prenuncia um forte isolamento das forças que sequestraram e depuseram Zelaya. No entanto, Barahona condenou duramente o comportamento da mídia mercantil de Honduras.

''Se a comunidade internacional está nos apoiando, é graças aos meios de comunicação de países irmãos, porque aqui em Honduras toda a mídia está com os golpistas, exceto uma única emissora'', explicou.

A OEA (Organização dos Estados Americanos) convocou uma reunião de emergência na sua sede em Washington, para discutir a crise hondurenha. O secretário-geral da Organização, José Miguel Insulza (chileno), pronunciou-se com clareza:

''Estamos evidenciando uma ruptura da ordem constitucional, que só pode ser catalogada como um golpe de Estado'', afirmou Insulza. Ele informou que estava em contato telefônico com o presidente derrubado, que se encontra em San José da Costa Rica. E propôs que a OEA o envie a Honduras, para realizar gestões ''para reconstituir a institucionalidade e a democracia''.

Morre Goffredo da Silva Telles, o jurista antiditatorial

















O jurista Goffredo Carlos da Silva Telles, de 94 anos, morreu na noite deste sábado (27), em São Paulo. Segundo familiares, ele morreu em casa, de causas naturais, por volta das 19 horas. Goffredo foi um dos personagens marcantes da resistência à ditadura militar. Em agosto de 1977, leu a Carta aos Brasileiros, de sua autoria, clamando por democracia.


Goffredo faz a leitura da 'Carta' desafiando a ditadura
O jurista leu o documento histórico de protesto no Largo de São Francisco, centro de São Paulo, diante da tradicional Faculdade de Direito, onde sempre lecionou. A leitura foi acompanhada por uma pequena multidão de estudantes e professores. A Carta aos Brasileiros foi um anúncio do renascimento antiditatorial que ganharia vulto noa anos seguintes.

O enterro será às 16h no cemitério da Consolação. Em 1932, Telles participou como soldado da Revolução Constitucionalista de São Paulo e em seguida mostrou simpatias pelo integralismo. Em 1946, foi deputado constituinte e notabilizou-se, entre outras causas, pela defesa da Amazônia. Entrou para a história, porém, como íntegro impulsionador da resistência antiditatorial.

Desde 1940 era professor de direito na USP, onde lecionou por 45 anos e formou gerações de advogados e juristas. Telles teve um filho com a escritora Lygia Fagundes Telles.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em nota, que a morte do professor e jurista Goffredo da Silva Telles lhe causou profundo pesar. De acordo com Lula, o professor foi um dos ''mais destacados combatentes pela democracia e pelo Estado de Direito da história do Brasil''. Lula lembrou ainda que, em 1932, com apenas 17 anos de idade, Goffredo alistou-se como soldado na Revolução Constitucionalista.

Lula afirmou que o professor lecionou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo, ''conquistando a admiração de milhares de alunos e discípulos, dando lições não apenas de Direito, mas também de humanismo, generosidade e fé na luta por um mundo mais justo e fraterno.''

Lula condena golpe em Honduras e diz que Brasil não reconhecerá novo governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou nesta segunda-feira (29) o que considera um golpe de Estado em Honduras. Segundo ele, a única saída para o país é a democracia. “Não há meio termo. Temos que condenar esse golpe”, disse, em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente.

O presidente de Honduras, Manuel Zelaya, foi detido por um grupo de militares ontem (28) – horas antes de o país iniciar uma consulta pública para reformar a Constituição, o que daria ao presidente a possibilidade de reeleição. A consulta pública foi considerada inconstitucional pelo Parlamento e pela Suprema Corte de Honduras.

“Não podemos aceitar ou reconhecer qualquer novo governo que não seja o do presidente Zelaya, porque ele foi eleito diretamente pelo voto, cumprindo as regras da democracia. E nós não podemos aceitar mais, na América Latina, alguém querer resolver o seu problema de poder pela via do golpe”, afirmou Lula.

Para ele, Zelaya deve retomar a Presidência de Honduras. O presidente brasileiro alertou ainda que essa é a “única condição” para que o Brasil possa estabelecer qualquer tipo de relação com o país. “Se Honduras não revir a posição, vai ficar totalmente ilhado no meio de um contingente enorme de países democráticos”, disse.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Anistia a camponeses resgata o Brasil escondido pela ditadura

Nos anos 1970, aviões da Força Aérea Brasileira realizaram uma verdadeira operação de guerra na região do Bico do Papagaio, entre o Sudeste do Pará e Norte de Goiás (hoje Norte do Tocantins). Mais de 30 anos depois, em 18 de junho de 2009, uma aeronave da mesma FAB pousava no aeroporto de Marabá (PA) – outrora base militar da ditadura – levando o ministro da Justiça, Tarso Genro, cuja missão era pedir perdão em nome de Estado braisleiro a camponeses perseguidos. Um fato histórico e inédito num país que ainda se divide entre a necessidade de conhecer seu passado e punir seus algozes e os interesses daqueles que trabalham para manter na obscuridade algumas das páginas mais cruéis de nossa história.

Por Priscila Lobregatte*

A praça Frei Gil, no centro de São Domingos do Araguaia – a cerca de 60 quilômetros de Marabá – recebeu mais de 300 pessoas que, resistindo a um calor de 37 graus, esperavam ansiosas o anúncio dos anistiados. Ali, homens e mulheres, a maioria idosa, ouviu do ministro o pedido de perdão do Brasil. “O Estado deve se envergonhar e se desculpar pelos crimes cometidos no passado. O que vocês sofreram não tem pagamento”, disse Genro chamando os anistiados a se levantarem, de maneira que pudesse olhar a face emocionada de cada um.
Para ele, “quando o país pede desculpas pelos erros que cometeu, está dando solidez e conteúdo ao Estado de direito e, ao mesmo tempo, está prevenindo para que não aconteça novamente a violência e a morte de brasileiros que lutam por um destino melhor enquanto outros, a mando do Estado, lutam para manter, através do autoritarismo, os privilégios de alguns”.
Ao Vermelho, o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão Pires Júnior, disse que “o povo da região do Araguaia é um patrimônio histórico da humanidade porque tem em si a memória viva de um episódio de repressão que nenhum de nós deseja que se repita”. Ele lembrou que uma das dificuldades encontradas pelos conselheiros foi lidar com o temor que ainda ronda a região, mesmo após passadas mais de três décadas da ação do Exército.
“Nas duas comitivas da Comissão que estiveram aqui colhendo depoimento, percebemos nitidamente que ainda há a cultura do medo, o que impediu que alguns pudessem falar a verdade com receio até mesmo de sofrer as mesmas agruras e as mesmas torturas psicológicas e físicas do passado”. Pouco a pouco, no entanto, “a população vai percebendo que as liberdades públicas e a democracia vieram para ficar e contar essa história é um resgate de nossa própria memória”. Mas, enfatizou Abrão, “nosso país ainda tem muito a fazer para recuperar sua história”.
O presidente da Comissão lamentou o fato de persistir, em diversos setores da sociedade – entre eles a mídia –, uma avaliação equivocada sobre a concessão de anistia e de reparação aos perseguidos políticos. “Há uma visão, que considero conservadora, que não reconhece o direito daqueles que foram atingidos pela ditadura militar de receberem uma reparação econômica por prejuízos sofridos”.
Segundo Abrão, “o princípio da reparação é um dever universal reconhecido pela ordem jurídica e por tratados internacionais de direitos humanos. Portanto, temos a convicção de que é mais do que um dever do Estado promover indenização àqueles a quem o próprio Estado – que tinha o dever de proteger – em verdade, perseguiu, torturou e prejudicou ”.

Julgamento

Os casos anunciados no dia 18 foram julgados na véspera, no Ministério da Justiça, em Brasília, e são o resultado de duas audiências realizadas na cidade paraense em 2007 e 2008. Durante a sessão, 15 conselheiros, além do presidente da Comissão, analisaram 91 de um total de 304 pedidos de anistia referentes à guerrilha. Sete foram tirados de pauta a pedido de seus relatores devido à ausência de elementos que permitissem uma avaliação aprofundada. Dos 84 restantes, 44 foram deferidos e 40 indeferidos, dentre os quais 16 eram de militares que combateram os guerrilheiros. Os demais eram de servidores públicos – principalmente do Incra – requisitados pelo Exército para ajudar na operação e de requerentes que não conseguiram provar que viviam na região na época da guerrilha.
Quinze requerimentos – um de camponês e 14 de guerrilheiros – foram julgados em outras ocasiões e há três recursos e quatro arquivados, restando ainda o julgamento de 198 casos. Na sessão oitiva de sexta-feira (20), mais de 70 pessoas foram ouvidas a fim de esclarecer pontos ainda pendentes em seus processos.
Segundo dados da Comissão, até dezembro de 2008 foram autuados 62.964 processos; mais de 46 mil foram julgados. Ao todo, 29.909 foram deferidos e destes, 64,2% não tiveram reparação econômica. Em média, as indenizações de prestação única giraram em torno de 56 mil reais e as mensais em torno de 3.507 reais. No caso dos camponeses anistiados, a indenização retroativa variou entre 80.352 reais e 142.941 reais. O retroativo é calculado a partir de cinco anos antes da entrada do processo na Comissão até a data do julgamento.
Uma das dificuldades que envolvem os julgamentos de camponeses é a falta de documentação pessoal ou que comprove o parentesco entre o requerente e o perseguido. A principal particularidade destes casos, porém, é a falta de vínculo empregatício, um dos fatores exigidos na lei 10.559/202 (lei de Anistia) para a prestação mensal, permanente e continuada. Para lidar com essa situação diferenciada e permitir que houvesse justiça para esse conjunto de anistiandos, a Comissão partiu do princípio da “presunção de veracidade”, considerando verídicos os fatos alegados pelos requerentes, “salvo prova em contrário”. Seria “um contrassenso o Estado brasileiro, agora, exigir provas documentais quanto a uma perseguição política que ele mesmo promoveu e da qual jamais permitiu que fosse produzido ou viesse à luz algum documento ou registro oficial”, assinalou o conselheiro José Carlos Moreira da Silva Filho, em relatório técnico do Grupo de Trabalho sobre a Guerrilha do Araguaia da Comissão de Anistia.
O mesmo relatório conclui ainda que os moradores da região foram “compelidos ao afastamento de suas atividades laborais” por causa das perseguições sofridas naquele período. Assim, a Comissão reconheceu oficialmente que o “cidadão teve obstaculizado pelo próprio Estado seu direito ao livre exercício de atividade laborativa, os prejuízos sofridos pelos requerentes hão de ser reparados pelo Estado brasileiro, pois inconteste a perda de vínculo com a atividade laboral”. Com base nesse entendimento, a Comissão arbitrou o pagamento de reparação econômica no valor de dois salários mínimos mensais.
Outro problema encontrado pela Comissão no que tange à anistia é o uso indevido da boa-fé dos requerentes. Para entrar com um processo de anistia na Comissão não é preciso advogado. No entanto, há quem tenha usado da ingenuidade dos camponeses para ganhar dinheiro, exigindo comissões de 10% das indenizações para encaminhar os processos.
Após denúncia a respeito, conselheiros da Comissão de Anistia recorreram ao Ministério Público de Marabá com o objetivo de que o órgão acompanhe o recebimento das indenizações, evitando desvios. “Estamos muito indignados com essa situação porque, afinal de contas, não foi a atuação desse procurador determinante para a apuração dos casos e sim a atuação direta da Comissão que foi à região para poder ouvir e colher as informações necessárias”, disse Paulo Abrão, presidente da Comissão de Anistia. O procurador em questão seria Elmo Sampaio que, ao jornal O Estado de S. Paulo declarou que “o trabalho da Elmo Consultoria é contratar advogados para trabalhar”. Agora, está nas mãos do MP tomar as providências a respeito.

Reparação ao sofrimento

Chegar a São Domingos do Araguaia de Marabá pela Transamazônica é uma experiência desoladora. No caminho, o desmatamento da Amazônia ao longo dos anos fica evidente. Boa parte da área é ocupada por pastos, há poucos trechos de mata e nenhum povoado. Até que desponta, numa entrada à direita, a pequena cidade, um dos símbolos da guerrilha. Uma via de mão dupla – das poucas asfaltadas na cidade – divide dois lados da cidade; à esquerda fica a praça Frei Gil.
Entre os anistiados reunidos na tarde da sessão estava Antônio Alves de Souza, 71 anos, conhecido como Precatão. Ele teve sua história contada em uma das edições do jornal Classe Operária em novembro de 2007.
Na ocasião, disse que, depois de preso pelos militares em 1972, acusado de ajudar a guerrilheira Dina (Dinalva Oliveira Teixeira), sofreu torturas diversas. “Me amarraram pelo pescoço e iam me puxando e depois me prenderam num pé de coco. Fiquei ali das 10 da manhã até às 5 da tarde. Me deixaram em cima de um formigueiro, eu era picado, e de vez em quando vinham me dar uns tapas”.
Depois, levaram Precatão para dentro da base e retomaram a tortura porque queriam saber onde estavam os guerrilheiros. “Começaram a me bater de novo, a me dar choque e a me afogar na água. Resolveram usar a ‘coroa de Cristo’ em mim e apertavam minha cabeça. Parecia que ela ia estourar”. Hoje, apesar do tempo, diz que ainda sente dores no peito e na cabeça. Mas, feliz com a anistia, disse que agora vai poder “realizar o sonho de ter a minha casa”. Ele quer voltar para sua terra, Grajaú, no Maranhão, e finalmente se aposentar do trabalho braçal de fez por toda a vida.
Já seu João Teodoro da Costa, 70 anos, contou à Comissão que vivia na localidade conhecida como Saranzal quando, em 1972, o Exército o obrigou a abandonar sua terra, juntamente com sua família. Sua casa e plantações foram destruídas e ele disse ter sido preso em Palestina e torturado por alimentar os “paulistas”. “Fiquei tão injuriado com aquilo, moça...porque, de repente, perdi o pouco que tinha”, contou com sua voz já apequenada pela idade. Com esforço, lembrou também de Oswaldo Orlando da Costa, o Oswaldão. “Ele era meu amigo, muito querido aqui”.
Dona Marculina Gregória Santos disse ter perdido seu marido, José Nazário, como era conhecido. Falecido em 1987, foi torturado e, como resultado, ficou “todo quebrado, quase cego e quase louco”, conta a viúva. Além disso, “perdemos a pequena venda que tínhamos”. Para sustentar seu único filho e o marido logo após sua libertação, Dona Marculina foi trabalhar como merendeira. “Mas mulher, agora eu tô é feliz!”, festejou com lágrimas nos olhos.

Frustração e arrependimento

Seu Valdemar Cruz Moura, por sua vez, teve seu pedido negado segundo a Comissão por “ausência de pressuposto processual” por não conseguir provar ser filho de Joaquim de Souza Moura, o Joaquinzão, que teria sido preso e que até hoje se encontra desaparecido. “Ele foi morto em Xambioá pelos militares”, garante. “Tínhamos plantações e ajudávamos os paulistas. E eles nos ajudavam com remédio. No começo até pensamos que era gente do governo”, recorda-se. Agora, lamenta, “não tenho nada, venho aqui hoje porque não tenho nada. Sofro de lepra e tenho dificuldade de arrumar trabalho. Fiquei muito frustrado”, explicou durante a sessão do dia 19, quando a Comissão foi ouvir, na chácara da paróquia de São Domingos, os outros camponeses não julgados. Para os casos indeferidos, ainda cabe recurso.
Raimundo Nonato dos Santos, conhecido como Peixinho, 72, teve seu pedido retirado de pauta e também foi ouvido nessa terceira audiência. O apelido vem do seu trabalho, quando fazia transporte pelos rios Araguaia e Tocantins. Por seu conhecimento sobre a região, diz ter sido obrigado a servir de guia para os militares. Quando foi pego pelo Exército, sua mulher tinha acabado de dar à luz. “Bateram muito em mim, mas a ordem era me fuzilar porque achavam que eu era guerrilheiro. Então, com medo, comecei a ir para a mata com eles porque não tive escolha”. Ele relatou ter ajudado a achar Duda (Luiz René Silveira e Silva) e Edinho (Hélio Luiz Navarro). “Edinho foi baleado na mata e levado para a Bacaba, mas não sei o que aconteceu. O que sei é que depois que eles (militares) pegavam alguém, ninguém mais via”. O camponês conta ter visto ainda o corpo de Sônia três dias depois de sua morte “num açaizal na Beira da Água Branca, em São Domingos”.
Peixinho diz nunca ter recebido nada em troca e ter se arrependido por ter servido de guia. “Se eu pudesse voltar no tempo, não teria feito nada disso. Sempre fui amigo do povo da mata e hoje entendo o que fizeram e admiro a todos”.

Guerrilha viva

Dona Adalgisa Moraes da Silva, 78, e seu marido, Frederico Lopes, foram anistiados nesta primeira sessão de julgamentos. Seu Frederico teve sua história contada pelo Vermelho em 2007, quando da primeira audiência pública. Sofreu torturas bárbaras e hoje tem sequelas físicas e psicológicas.
“Ô, minha filha, há quanto tempo!”, disse Adalgisa abraçando a repórter que a conhecera na primeira audiência. Emocionada, lembrou de Rosa (Maria Célia Correia), João Araguaia (Demerval da Silva Pereira), Duda, mas especialmente de Sônia (Lucia Maria de Souza). “Ela fez o parto de minha filha mais nova e virou sua madrinha”, recorda. “Chorei muito quando soube de sua morte, mas a gente nem podia chorar na frente dos militares”, colocou. O dia em que invadiram sua casa é uma de suas piores lembranças. “Aqueles homens entrando em casa, querendo saber de meu marido, gritando, cheios de armas. Eu não consegui me aguentar”, disse constrangida, lembrando da incontinência intestinal momentânea que o pavor lhe trouxe. “Eles diziam 'cala boca ou te rasgo a bala'”.
Daquela época, sobrou para dona Adalgisa principalmente a tristeza trazida pelas atrocidades dos militares. Mas, sua admiração pelos comunistas fez com que em 1993 aderisse de vez ao PCdoB, formalizando sua filiação. “Os guerrilheiros nos explicavam que a gente podia sim mudar de vida e hoje voto no partido porque sei que é assim que a gente muda as coisas”. Sua filha, Valderice Moraes da Silva, 37, afilhada de Sônia, diz que “a guerrilha foi ruim porque no final eles morreram”. “E para nós, só ficou a saudade”, completou a mãe. “Eu acredito na transformação social pela política, então, participo das reuniões e vejo que ali todos têm essa mesma vontade”, colocou Valderice.
Na avaliação de Renato Rabelo, presidente do PCdoB, “para o povo não vale o discurso, mas a ação e a nossa foi libertária. A valorização do Partido pela população do Araguaia, num momento como o atual, de relativo descrédito na política, mostra a seriedade e o compromisso do PCdoB na luta por uma sociedade mais justa”. Para ele, o fato de o Estado estar se retratando “demonstra o amadurecimento de nossa democracia; afinal, somente um governo democrático e popular viria, através de seu ministro da Justiça, a uma região tão sofrida pedir esse perdão”.
A conselheira Ana Guedes, também do PCdoB e uma das mais recentes integrantes da Comissão, “o Araguaia é muito presente em minha vida porque convivi com aquela geração, com Dinaelza (Santana Coqueiro, a Mariadina), Vandick (Reidner Coqueiro, o João), Demerval”. Segundo Ana, “a democracia só foi alcançada no país graças à luta de milhões de brasileiros, e entre eles, aqueles que estiveram no Araguaia. E o mais interessante é que o partido está presente na região”. Segundo dados da direção do PCdoB em Marabá, o partido está estruturado na região e tem cerca de 200 membros ativos nas cidades de São Geraldo, São Domingos, Palestina e São João do Araguaia.
Zezinho do Araguaia, um dos sobreviventes da guerrilha, diz que “este é um êxito preliminar, mas muito importante porque percorremos um longo caminho até chegar aqui. Trabalhamos muito para que os camponeses não fossem esquecidos. E, quando ouvi Tarso Genro se desculpando com meu povo simples, gente da terra, eu falei 'aguenta, coração!”. Segundo Zezinho, “a anistia aos camponeses é uma lição deixada para as gerações futuras. É parte do que de fato é e foi o nosso Brasil”.

Vem Nobel por aí?

Lula recebe prêmio por incentivo à paz, combate à pobreza e proteção das minorias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, receberá no dia 7 de julho na sede da Unesco, em Paris, o Prêmio Incentivo da Paz, Félix Houphouët-Boigny.

O prêmio concedido ao presidente brasileiro é um reconhecimento por "seu trabalho em prol da paz, o diálogo, a democracia, a justiça social e a igualdade de direitos, assim como por sua inestimável contribuição para a erradicação da pobreza e a proteção dos direitos das minorias", informa um comunicado da Unesco.

O prêmio, que leva o nome do ex-deputado marfinense na França e depois presidente da Costa do Marfim, foi criado em 1989 e é concedido todos os anos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

Tem por objetivo prestar homenagem às pessoas, instituições e organismos que contribuíram significativamente para incentivar, buscar, salvaguardar ou manter a paz, tendo presentes os princípios da Carta das Nações Unidas e a Constituição da Unesco.

Entre os que já receberam este prêmio figuram Nelson Mandela e Frederik W. De Klerk; Yitzhak Rabin, Shimon Peres e Yasser Arafat; o Rei da Espanha, Juan Carlos 1º, e o ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter; o Presidente do Senegal, Abdoulaye Wade; e o ex-presidente da Finlândia, Martti Ahtisaari.

Alguns dos premiados com o Houphouët-Boigny receberam depois o Prêmio Nobel da Paz.

Cariri que eu amo e a geometria ideológica.

Embarcando hoje nas primeiras horas para o Cariri os deputados federais Sergio Novaes PSB, Eudes Xavier-PT, Raimundo Gomes de Matos-PSDB. Seguiam também para progressista região cearense o senhor Papito Oliveira superintendente da Delegacia Regional do Trabalho (PDT), Antonio Carlos Secretário Geral do PT-Ceará, isso sem falar no pessoal da região, o deputado federal Manuel Salviano – PSDB e os estaduais Vásquez Landim-PSDB e Sineval Roque-PSB. O cafezinho tradicional antes do embarque se transformou em uma verdadeira ágora. O bate papo foi cordial e agradável, porém cada qual em seu quadrado.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Protestos contra Gilmar Mendes

Manifestantes em 3 capitais exigem renúncia de Gilmar Mendes
Ao som de roda de capoeira, quadrilha de São João e um apitaço, cerca de 300 manifestantes exigiram nesta quarta (24) à noite, na Praça dos Três Poderes em Brasília, a renúncia do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. O ato, promovido pelo Movimento Sai às Ruas, aconteceu simultaneamente em São Paulo e Belo Horizonte. Ao contrário do primeiro protesto, em maio passado, quando se encontrava no prédio do STF, Mendes deixou o local antes da manifestação. Segundo a assessoria de imprensa da Corte, ele foi dar aulas e antecipou que não comentaria o assunto.
Manifestantes com máscaras de Mendes e Dantas
Uma guarnição da Polícia Militar do Distrito Federal (DF) manteve os manifestantes a uma distância de 100 metros do prédio do STF. Milhares de velas foram acessas por toda a Praça dos Três Poderes. Os manifestantes gritavam palavras de ordem como “Fora Gilmar” e “Gilmar banqueiro! O Dantas é que paga seu dinheiro.”

Convidado para o evento, o mestre Aranha comandava uma roda de capoeira e disse que prestava apoio incondicional aos manifestantes. No local, também havia uma banca de camelô que vendia produtos delituosos como sentenças e “habeas bolsos”. Foram distribuídos apitos para os presentes.

Na quadrilha de São João, com direito a uma fogueira artificial, manifestantes colocaram máscaras de Gilmar Mendes e Daniel Dantas para encenar o casamento entre eles. Como padrinhos, outros interpretaram o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mais dois personagem caracterizados de executivo de multinacional e latifundiário foram testemunhas.

“Acho que ele (Mendes) está exagerando e a sociedade tem que demonstra sua insatisfação para que ele mude seu comportamento”, disse o curitibano Carlos Vale, que estava em Brasília e resolveu prestigiar o movimento.

Contra o conservadorismo

“Estamos aqui por causa das suas posições conservadoras, ele criminaliza os movimentos sociais e, além do que, soltou um dos maiores criminosos do Brasil por duas vezes seguidas, o Daniel Dantas. Então, isto é um acinte contra o povo brasileiro. Portanto, exigimos a renuncia dele”, disse um dos articuladores do movimento, Marcus Woortmann, cientista político e funcionário do Ministério do Trabalho.

José Teixeira, do Grito dos Excluídos, explicou que o movimento reunia na sua articulação entre 20 a 30 pessoas que não recebia apoio de nenhum partido ou entidade. Ele acredita que com o crescimento do Movimento Sai às Ruas a tendência é que haja maior participação. “Começamos aqui em Brasília, mas outros grupos já estão se organizando como em São Paulo e Belo Horizonte”, disse.

Para o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, Romário Schettino, Gilmar Mendes provocou a união do movimento ao votar pelo fim da exigência do diploma de jornalistas para o exercício da profissão. “O voto dele foi infeliz e preconceituoso. Então nós estamos fechados nessa questão e devemos ficar na rua até que ele sai do STF. Já que não podemos demiti-lo acho que a pressão popular fará com que ele desista de ser ministro”, afirmou.

De Brasília,
Iram Alfaia

quarta-feira, 24 de junho de 2009

No caminho das vitórias. Fortaleza vence mais uma.

O Leão emplaca mais uma vitória, parabéns. Espero que alguns colegas da crônica não estejam já considerando o melhor time do mundo. Exageros rotineiros da nossa classe. Falo o mesmo do Ceará que também se recupera. Se não citar os dois com suas mazelas e virtudes o comentarista pode ser amaldiçoado pelo imediatismo que é alimentado infelizmente por companheiros da crônica que pensam está ajudando nosso pebol “colocando pirulito na boca do torcedor”.

Samuel Rosa e Ira. Tarde vazia.

Capitalismo selvagem. Bota selvagem nisso. Economia internacional Bancos recebem em 1 ano 9 vezes mais que países pobres em 50

A indústria financeira internacional recebeu no último ano quase dez vezes mais dinheiro público em ajuda do que todos os países pobres em meio século, segundo aponta um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Campanha da ONU pelas Metas do Milênio.

Segundo a organização, que promove o cumprimento das metas das Nações Unidas para o combate à pobreza no mundo, os países em desenvolvimento receberam em 49 anos o equivalente a US$ 2 bilhões em doações de países ricos.

Apenas no último ano, os bancos e outras instituições financeiras ameaçadas pela crise global receberam US$ 18 bilhões em ajuda pública.

A divulgação do relatório coincide com o início de uma conferência entre países ricos e pobres na sede da ONU, em Nova York, para discutir o impacto da pior crise econômica mundial desde os anos 1930.

O encontro, que acontece até o dia 26, tem como principal objetivo "identificar as respostas de emergência para mitigar o impacto da crise a longo prazo", segundo a convocação das Nações Unidas. Um dos principais desafios da reunião será conseguir um compromisso que permita unir países industrializados e em desenvolvimento para definir uma nova estrutura financeira mundial, prestando atenção especial às populações mais vulneráveis.

Vontade política
O relatório da Campanha pelas Metas do Milênio argumenta que a destinação de dinheiro ao desenvolvimento dos países mais pobres não é uma questão de falta de recursos, mas sim de vontade política.

"Sempre digo que se você fizer uma promessa e não cumprir, é quase um pecado, mas se fizer uma promessa a pessoas pobres e não cumprir, então é praticamente um crime", disse à BBC o diretor da Campanha pelas Metas do Milênio, Salil Shetty.

"O que é ainda mais paradoxal é que esses compromissos (firmados pelos países ricos para ajudar os pobres) são voluntários. Ninguém os obriga a firmá-los, mas logo eles são renegados", lamentou.

"O que pedimos de verdade é que nas próximas reuniões, na ONU nesta semana, e na cúpula do G-8 (em julho), os países ricos apresentem uma agenda clara para cumprir com as promessas que fizeram", disse Shetty.

O relatório da organização observa ainda que a crise mundial piorará a situação dos países mais pobres. Na última semana, a FAO (Organização para a Agricultura e Alimentação) afirmou que a crise deixará 1 bilhão de pessoas em todo o mundo passando fome.

Para Shetty, é importante que os países pobres também participem de qualquer discussão sobre a crise financeira global.

"Hoje eles não têm nenhuma voz nas principais instituições financeiras. Enquanto não participarem da tomada de decisões, as coisas nunca vão mudar", afirmou.

fonte www.terra.com.br

Tirem suas conclusões

Embaixador diz que Coréia do Norte se arma para se proteger


A Coréia do Norte não quer ser o Iraque. Foi a vulnerabilidade militar do Iraque e do Afeganistão que permitiu a invasão dos dois países pelos Estados Unidos. A Coréia do Norte, ameaçada por 37 mil soldados estadunidenses estacionados no Sul da Coréia, está desenvolvendo, por seus próprios meios tecnológicos, armas nucleares para se defender. A avaliação foi feita pelo embaixador da Coréia do Norte, PaK Hyok, em reunião realizada pela Cebrapaz, na noite desta segunda-feira (22), em Brasília.



Fala do embaixador (ao centro) colabora com Cebrapaz

“Constatamos que perder a independência é fácil, mas recuperá-la é longo e difícil”, disse em português fluente, acrescentando que “um país pequeno, para enfrentar uma grande potência, não tem como se defender se não estiver devidamente armado.”


Ele admite que o seu país vem fortalecendo a capacidade defensiva como prioridade da política nacional. “Também queremos desenvolver a tecnologia da bomba atômica, porque estão estacionados próximos à Coréia homens e armas nucleares”, disse, destacando que “toda nação tem o direito de se defender.”


Essa nova situação, em que a mídia do mundo ocidental expõe a Coréia do Norte como uma ameaça à paz mundial, foi criada pelo presidente George Bush, que rompeu unilateralmente o acordo. Em 1994, quando o presidente Kim Il Sung morreu e foi sucedido por seu filho, Kim Jong Il, foi assinado acordo entre os dois países. O Governo (Bill) Clinton foi um período de pacificação. Quando Bush assumiu o poder, adotou atitude agressiva e unilateral colocando o país na lista do Eixo do Mal e estigmatizando-o como país terrorista.


“Nessas circunstâncias era preciso fortalecer a nossa capacidade nuclear”, conta o embaixador norte-coreano, estendendo as críticas ao novo presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, que já está há seis meses no poder e não acena com solução para retirada da influência dos Estados Unidos no país. Ele lembra que a reunificação das duas Coréias deve ocorrer sem a interferência externa.


As críticas do embaixador também são dirigidas ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) que condenou o lançamento dos satélites feito pela Coréia. Ele defende um assento permanente para o Brasil no Conselho de Segurança para por fim à hegemonia das potências mundiais.


Desigualdade flagrante e grosseira


“Nosso país publicou declaração dizendo que os cinco países do Conselho de Segurança (Estados Unidos, China, Reino Unido, França e Rússia), com o poder de veto, tem os maiores armamentos nucleares do mundo e ninguém pode questioná-los, porque eles podem vetar.” Para Pak Hyok, essa é uma “desigualdade flagrante e grosseira.” Dos 2054 testes nucleares já realizados, 99% foram realizados pelos cinco países.


O embaixador acusa o Conselho de Segurança da ONU de ter cometido dois crimes contra a Coréia do Norte. Em 1950, quando permitiu que vários países enviassem reforço na Guerra da Coréia e agora, aplicando sanções econômicas em represália pelos testes nucleares.


Pak Hyok diz que o seu país não reconhece a decisão do Conselho de Segurança, “que é injusto”, e exige pedido de desculpas pelo que considera interferência em um país independente.


Ele cita várias situações em que o Conselho de Segurança agiu de forma destoante da que assume agora contra a Coréia: outros países lançaram satélites semelhantes e não foram questionados; na Coréia do Sul estão estacionados 37 mil soldados norte-americanos; o Afeganistão e o Iraque foram engolidos pelos Estados Unidos, que não foram condenados, apesar da recriminação da invasão pela ONU. Todas essas situação demonstram que o Conselho de Segurança da ONU usa dois pesos e duas medidas.


Potência socialista


O embaixador norte-coreano disse que no século 21, a situação mudou e a crise econômica dos países capitalistas demonstra que a alternativa é o socialismo. E estimulou à ação concreta e prática, mas do que o discurso de denúncia dessa situação. Elogiou os BRIC (união dos países em desenvolvimento Brasil, Rússia, Índia e China) e o próprio Brasil e enfatizou a necessidade de tomar medidas independentes para conquistar a ordem multipolar. Os elogios foram estendidos ao PCdoB, “que contribui para essa independência do Brasil.”


Sobre a Coréia do Norte, ele disse que “até 2012 vamos construir uma potência socialista, inclusive sob ponto de vista econômico, lembrando que o país tem se desenvolvido com sua própria matéria-prima, tecnologia e mão-de-obra.”


O dirigente do PCdoB, Pedro Oliveira, que visitou o país, disse que a realidade do País desmente as matérias veiculadas na mídia brasileira, citando a revista Veja que mostrou o país como miserável. Ele citou exemplos na área de educação, saúde, meio ambiente, além das questões militares, se manifestando impressionado com a capacidade do povo coreano em todos os sentidos.


O presidente da Cebrapaz no Distrito Federal, Paulo Guimarães, agradeceu a fala do embaixador, destacando que representa importante contribuição para a Assembléia Nacional do Cebrapaz, que acontecerá de 24 de 26 julho, no Rio de Janeiro.


De Brasília
Márcia Xavier

Do site www.vermelho.org.br


AL discute em audiência papel do Estado na educação

A Assembleia Legislativa do Ceará realizou nesta segunda-feira, 22, à tarde, nos auditórios 1 e 3 do Complexo das Comissões Aquiles Peres Mota, audiência pública para discutir o papel do Estado na garantia do direito à educação de qualidade, ação da Conferência Nacional de Educação 2010.

O presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto, deputado Artur Bruno (PT), que solicitou o debate, ressaltou sua importância em todos os âmbitos da educação, da infantil a profissional. "Falta ao Ceará um fórum que articule globalmente esse debate e discuta com todos os atores da educação pública, professores, família, alunos. Com esse fórum permanente, as avaliações da educação terão maiores resultados", afirmou o parlamentar.

A coordenadora da Comissão Organizadora da Conferência Estadual de Educação, Carmesita Passos, destacou o objetivo do evento, lembrando que os municípios do Estado estarão realizando seus debates e enviarão seus resultados para a comissão. "Estaremos recebendo as propostas e reclamações dos municípios no dia 14 de agosto, para prepararmos o documento oficial que será enviado à comissão da Conferência Nacional", explicou ela.

Durante o debate, a professora Sofia Lerche, professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), contextualizou o papel do Estado na educação por meio da Constituição e suas mudanças já sofridas, que serviram de base para a discussão. O diretor presidente do Centro de Tecnologia (Centec), Samuel Brasileiro, defendeu o problema da educação, não só como de regulação, mas também, como vontade política. "A educação profissional sequer é um direito. Não pensar nela é desassistir grande parte da população", pontuou ele.

A coordenadora da Coordenadoria de Projetos e Acompanhamento Curricular da Pró-Reitoria de Graduação da UFC, Inês Mamede considerou o momento de extrema importância: "estamos construindo o Sistema Nacional de educação". Ela ainda reclamou ao Estado a obrigatoriedade e o financiamento da educação Infantil, "a criança de 0 a 5 anos está num período de evolução rápida, onde a oralidade e a escrita estão sendo desenvolvidas".

Estiveram presentes na audiência a coordenadora da Célula de Ensino Superior da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado do Ceará (Secitece), Socorro Osterne e a professora do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Josete Sales. (LA/AF)

Exercendo a democracia. Bom Exemplo












O vereador Ronivaldo Maia fez um balanço dos primeiros meses de mandato e apresentou projetos importantes que estão sendo construidos coletivamente.

O 2º encontro do Conselho Político do mandato Companheiro da Nossa Gente aconteceu no último sábado, 20 de junho, e contou com a participação de diversos companheiros e companheiras que constrõem coletivamente a atuação parlamentar do vereador Ronivaldo Maia.

Para iniciar a reunião, o vereador fez um balanço dos primeiros meses na Câmara Municipal nos quais teve a oportunidade de debater pautas importantes dos movimentos sociais, como a luta das mulheres, da juventude, da economia solidária e do meio ambiente.

"Têm sido uma alegria constante contribuir com as lutas sociais através do nosso mandato. A audiência pública pelo marco legal da economia solidária é um marco nesse processo de construção coletiva de relevantes iniciativas que vão melhorar a vida das pessoas", destacou o vereador.

Após o balanço, a assessoria do vereador também apresentou dois projetos que estão sendo encaminhados com amplo debate com movimentos sociais; o primeiro trata da consolidação de políticas municipais de enfrentamento da drogadição na juventude e o segundo sobre a regulamentação da profissão de artesão.

O Conselho Político do mandato reúne-se a cada dois meses e comporta representações de movimentos sociais, sindicatos e da gestão municipal. Acompanhando nosso site, você fica por dentro de outras atividades promovidas pelo mandato.

Mantega diz que bancos públicos ganharam importância

Os bancos públicos são poderosos instrumentos de resistência à crise. Foi o que afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que esteve presente no seminário “Bancos Públicos: Financiamento ao Desenvolvimento e Regulação Bancária”, em São Paulo.
"Se havia alguma dúvida com relação à importância dos bancos públicos, a crise financeira deixou clara essa importância", enfatizou o ministro. Ele destacou que os bancos públicos são essenciais em momentos de crise, principalmente por funcionarem bem como mecanismo de política monetária. Para ele, as instituições estatais têm alto poder sobre o crédito, o que implica naturalmente em maior liquidez do sistema e melhores taxas.
Segundo o ministro, as economias que menos sofrem com a crise são as que têm sistema econômico estável e uma forte participação dos bancos públicos. Nos países emergentes que formam o chamado BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), como mostrou Mantega, os bancos públicos são responsáveis por uma média de 45% do total de crédito do sistema econômico.
Só no Brasil essa participação chega a 37,5%, sendo que antes da crise era de 34%. Como base de comparação, a fatia de mercado atual dos bancos privados nacionais é de 42% e a dos estrangeiros, 20%. "Quem está sustentando o aumento do crédito nessas economias são justamente os bancos públicos. Se dependêssemos somente dos bancos privados, estaríamos muito pior", disse o ministro.
Na mesma linha, a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, também presente ao evento, afirmou que o papel dos bancos públicos é mais importante hoje no Brasil, pois o fortalecimento dessas instituições ocorre ao mesmo tempo em que os bancos privados reduzem o desembolso de crédito. "Hoje combatemos a crise gerando liquidez e crédito e reduzindo o spread e o juros", disse.

Eficiência e lucratividade

Enquanto os bancos privados focam o crédito de curto prazo, os públicos se dirigem a investimentos de longo prazo, que, segundo Mantega, envolvem os setores pouco assistidos e ávidos por recursos no país. Além disso, os bancos públicos fomentam a concorrência no sistema financeiro brasileiro. "Temos um sistema bancário bastante concentrado e, com a alta participação dos bancos públicos, a concorrência melhora", acrescentou o ministro.
Mantega destacou ainda a eficiência e lucratividade dos bancos públicos brasileiros, que são hoje submetidos a altos padrões de eficiência e produtividade. O papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo ele, vem ganhando importância quando comparado a outros instituições de fomento no mundo.
Em termos de desembolso, enquanto o Banco Mundial (Bird) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) liberam juntos US$ 18 bilhões, os aportes do BNDES totalizam hoje 49,8 bilhões. "Tenho certeza que os bancos públicos brasileiros estão cumprindo bem sua missão", concluiu.

A informação é do Valor Online

E existe isso no ninho neoliberal?

Partidos formam Comitê pela Apuração do Caixa 2 de prefeito tucano

Lideranças dos partidos PSC, PCdoB, PMN, PT, PMDB e PRTB se reuniram na tarde desta terça-feira (23) e decidiram pela formação imediata do Comitê pela Apuração do Caixa 2 do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB). Entre as primeiras decisões tomadas, está o apoio à instalação de uma CPI na Câmara Municipal para apurar o suposto Caixa 2 nas eleições de 2008. Para a instalação da CPI, são necessárias 13 assinaturas. Até agora, os cinco vereadores da oposição já confirmaram que irão assinar o documento. O PSC, representado pelo presidente municipal da legenda, Lineu Tomass, informou que o partido definiu pela assinatura do vereador Julio Sobota (“Julião da Caveira”).

A partir de amanhã (24), também será formado um comitê jurídico que irá analisar as medidas jurídicas cabíveis para o caso. Todas as ações, no âmbito jurídico, serão tomadas e decididas coletivamente.

O Comitê pela Apuração do Caixa 2 organiza para os próximos dias mobilizações de rua, no intuito de informa a população a respeito dos crimes praticados pelos representantes da Prefeitura de Curitiba. Na próxima sexta-feira (26) o comitê engrossa a mobilização convocada pelos movimentos sociais, sindicatos e entidades que pedirão o apoio da população para a instalação da CPI e a punição pela Justiça de todos os culpados. O ato está marcado para às 17h, na Boca Maldita.

Participaram da reunião os vereadores do PT Vereadora Professora Josete, Jonny Stica, os do PMDB Algaci Tulio e Vereadora Noemia. Representando os partidos estavam: André Passos ( PT de Curitiba), Doático Santos (PMDB), Milton Alves (Pcdob), Mario Ferrari (Pcdob), Carlos Moreira (PMDB), Lineu Tomass (PSC), Augusto Gonçalves (PMN) e Marino Teixeira (PRTB) e Edson Feltrin, que ainda hoje ocupa cargo no PSDB.


Assessoria de imprensa/PT Curitiba

Não confundamos operação tapa-buracos com operação milagre.

Reportagem de um jornal da capital cearense de hoje confunde operação tapa-buracos com operação milagre. Matéria em um dos jornais diz o obvio: que buracos continuam após um mês do inicio da operação tapa-buraco. É óbvio, foi muita, (choveu muito de ontem para hoje) muita, muita, muita chuva. Muito acima da média histórica em uma cidade impermeabilizada de forma desorganizada. As conseqüências estão ai. Se alguém falasse algo na época era um absurdo, contra o progresso e o poder civilizatório do asfalto. É evidente que o processo ainda durará alguns dias, messes até. Não confundamos operação tapa-buraco com operação milagre.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Núcleo base. Ira

Secretaria Nacional de Formação do PT tem novo titular

A Secretaria Nacional de Formação do PT tem novo titular. Carlos Henrique Árabe (SP), indicado pela chapa Mensagem ao Partido, substituirá Joaquim Soriano.

O nome do novo secretário foi referendado pelo Diretório Nacional.

Por isso a reação desesperada de uma minoria elitista e conservadora . A Prfeitura é só trabalho, trabalho e mais trabalho.













Começam obras da nova rua Demétrio de Menezes

A construção da via irá permitir a ampliação do Terminal do Antônio Bezerra.

A Prefeitura Municipal de Fortaleza, por meio do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), deu início à construção da nova rua Demétrio de Menezes, que dá acesso à Perimetral, onde já estão sendo realizados os serviços de terraplanagem e pavimentação. A via foi deslocada para permitir a ampliação do Terminal do Antônio Bezerra, que irá beneficiar cerca de 235 mil usuários das 36 linhas de ônibus que circulam diariamente por lá. A obra de ampliação do terminal terá investimento total de R$ 11,2 milhões e a previsão para conclusão é de oito meses.

Após as obras, o terminal terá uma área superior ao dobro da atual, passando de 12.700 m2 para 29.500 m2. Além disso, as entradas e saídas de veículos, pelas avenidas Mister Hull e Coronel Carvalho, facilitarão a circulação de novos ônibus que serão implementados no Sistema Integrado de Transporte Público da cidade a partir de 2010. Articulados e acessíveis, esses veículos têm capacidade para até 160 pessoas.

Tendo em vista a integração de pedestres e ciclistas, o terminal terá um “bicicletário” destinado à guarda das bicicletas dos usuários do sistema de transporte e serão criadas vagas de estacionamento para táxi e mototáxi junto ao local de acesso de pedestres. Toda a obra será pautada pela acessibilidade, prevendo inclusive a construção de plataformas que permitem o embarque em nível, ou seja, sem degraus.

Entre outras melhorias, o terminal irá receber uma nova pavimentação em concreto, que é mais resistente e adequada ao intenso fluxo de veículos pesados. O projeto de arquitetura prevê ainda uma torre de observação - para o controle e a fiscalização do serviço prestado à população - e uma área de convivência para os operadores de transporte.

“Com a reforma dos terminais do Antônio Bezerra e do Papicu, que acontecem nesta primeira etapa do Transfor, mais de 500 mil pessoas serão beneficiadas com a ampliação do espaço e a redução das filas”, afirma o coordenador do programa, Daniel Lustosa. Durante a gestão da prefeita Luizianne Lins, os terminais passaram por reformas na pavimentação e iluminação. Futuramente, os terminais do Siqueira e da Parangaba também serão ampliados e humanizados.

Sobre o Transfor - Baseado nos conceitos de coletividade e mobilidade urbana sustentável, além da acessibilidade universal, o Transfor irá priorizar o transporte público, implantando três corredores exclusivos para a sua circulação: Antônio Bezerra/Papicu, Augusto dos Anjos/José Bastos e Senador Fernandes Távora/Expedicionários. No total, são 45 km de corredores de transporte, 14 km de duplicações e alargamentos viários, 23 km de restaurações viárias, 30 km de ciclovias, 82 km de rede de drenagem, 164 km de calçadas padronizadas e acessíveis, ampliação e humanização de quatro terminais de integração, 12 obras d'arte – como túneis, viadutos e passarelas, 122 semáforos inteligentes, dentre outras melhorias. A renovação da frota também está prevista com a aquisição de 200 ônibus acessíveis e articulados.