sábado, 6 de junho de 2009
Ouvir estrelas. Um pouco de poesia. Olavo Bilac
"Ora (direis) ouvir estrelas!
Certo Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto e abro as janelas, pálido de espanto... E conversamos toda a noite, enquanto A via láctea, como um pálio aberto, cintila.
E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, Inda as procuro pelo céu deserto. Direis agora: "Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido tem o que dizem, quando estão contigo?" E eu vos direi: "Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas."
Certo Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto e abro as janelas, pálido de espanto... E conversamos toda a noite, enquanto A via láctea, como um pálio aberto, cintila.
E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, Inda as procuro pelo céu deserto. Direis agora: "Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido tem o que dizem, quando estão contigo?" E eu vos direi: "Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas."
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