quinta-feira, 28 de maio de 2009

O petróleo é nosso.

CUT e movimentos sociais promovem ato em Brasília em defesa da Petrobras

Integrada à campanha "Por uma nova lei do petróleo, pela retomada do monopólio estatal e em defesa da Petrobrás pública e com compromisso social", a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) estão convocando para a próxima quarta-feira, dia 3 de junho, uma "Ocupação pacífica do Congresso Nacional", data da instalação oficial da CPI da Petrobrás.

Para o secretário geral da CUT, Quintino Severo, mais do que nunca, "neste momento é fundamental a unidade do movimento sindical e social em defesa da Petrobrás e do patrimônio público nacional", daí a importância da atuação conjunta para "ampliar a defesa do nosso petróleo e do gás contra os que querem destruir a imagem da Petrobrás, paralisar os investimentos e, com isto, diminuir o ritmo do desenvolvimento do país".

Nos últimos dias, foram feitas mobilizações unitárias vitoriosas que envolveram as Centrais Sindicais e o conjunto das entidades populares nos estados do Rio de Janeiro (21/05) e do Rio Grande do Norte (26/5). As próximas manifestações ocorrerão em Curitiba (2/6), Brasília (03/06) e Manaus (11/06).

"Como a Petrobrás responde por mais de 10% do PIB nacional e por quase 60% dos investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a ação orquestrada pelo PSDB e pelo DEM representa clara sabotagem ao país, uma tentativa desesperada de paralisar os avanços sociais", declarou o secretário de Política Sindical da CUT Nacional, Vagner Freitas, reforçando o significado do dia 3 de junho.

O coordenador da FUP, João Antonio de Moraes, também condenou a irresponsabilidade demo-tucana, mas lembrou que ela faz parte da trajetória neoliberal "dos mesmos que durante oito anos tentaram sucatear e privatizar a Petrobrás, propondo, inclusive, mudar o nome da empresa para Petrobrax". Moraes lembrou que o objetivo da oposição de direita é "retardar o máximo possível a exploração do pré-Sal".

"Por trás da CPI, está também a intenção de dificultar ou impedir mudanças na legislação do setor petróleo, beneficiando o cartel multinacional com as atuais regras que permitem a continuidade dos leilões das nossas reservas de petróleo e gás, o que é um crime de lesa-Pátria", enfatizou Antonio Carlos Spis, membro da executiva nacional da CUT e líder histórico dos petroleiros.

Entre as propostas da campanha está a mudança na Lei do Petróleo, restabelecendo o monopólio estatal e o fim dos leilões; o fim da exportação do petróleo cru e investimento na indústria; fazer a mensuração da riqueza do pré-Sal com a conclusão do processo exploratório, com um inventário de onde está, qual a quantidade e quem ganhou nos leilões e a implantação de um Fundo Social Soberano de Investimento, voltado para as necessidades do povo brasileiro, como educação, saúde, trabalho, moradia e reforma agrária.

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