quarta-feira, 27 de maio de 2009

Dono da Gol é preso

O dono da Gol, Nenê Constantino, de 78 anos, foi preso em São Paulo, onde cumpre prisão domiciliar. Ele teve prisão preventiva decretada na quinta-feira (21) pela Justiça de Taguatinga (DF), mas não tinha sido encontrado pela Polícia Civil do Distrito Federal nos endereços residenciais e comerciais na Capital federal. Constantino é acusada de ter mandado matar o líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito, em 2001. No inquérito instalado na Polícia Civil do DF, Constantino é acusado de ser o responsável pelo homicídio do líder comunitário, morto com três tiros de revólver. Márcio encabeçou a ocupação, naquele ano, de cerca de cem pessoas a um terreno pertencente à viação Planeta em Taguatinga (DF), de propriedade de Constantino.
A polícia do DF descobriu que dois empregados do empresário, já indiciados como co-autores do crime, contrataram um pistoleiro em Goiânia (GO), ainda não capturado, para executar o líder comunitário. A intenção do assassinato era intimidar os invasores do terreno. A polícia apurou também que, antes do assassinato, o empresário fez ameaças diretas de morte a Márcio, que teve o barraco incendiado e foi fisicamente agredido.
O delegado responsável pelo caso, Luiz Julião Ribeiro, da Divisão de Investigação de Crimes contra a Vida, diz estar “fartamente caracterizado” que Constantino usa seu poder político-econômico para interferir no andamento do processo, e que a prisão preventiva tem justamente o objetivo de garantir a eficácia dos trabalhos investigativos.

Amigo de Roriz

A renúncia do ex-senador Joaquim Roriz (PMDB) do cargo, no ano passado, está relacionado com o empresário acusado de assassinato. Durante seus quatro mandatos de governador do Distrito Federal, segundo reportagem publicada em julho do ano passado pela Folha de S.Paulo, Roriz concedeu vários benefícios para empresas de transporte coletivo do empresário Nenê Constantino.
O ex-senador renunciou para fugir ao processo de cassação. Ele foi acusado de ter recebido propina do empresário. Roriz resistiu à realização de licitações expressivas, chegando a ignorar recomendações sucessivas do Ministério Público e até mesmo uma decisão judicial para beneficiar Constantino, diz a matéria.


De Brasília
Márcia Xavier

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