quarta-feira, 8 de julho de 2009

Os "tucanos" e a oposição perdida no tempo.

A deputada estadual tucana Tânia Gurgel(PSDB/Ce) parece que ainda não tomou conhecimento do resultado das eleições ocorridas em outubro de 2008 em Fortaleza.
Só lembrando, o primeiro e único turno foi vencido pela atual prefeita de Fortaleza Luizianne Lins. Não houve segundo turno, já que a prefeita foi reeleita com a maioria absoluta dos votos válidos e de acordo com a Constituição Federal diante dessa esmagadora aceitação não há necessidade de 2º turno.

A eleição ocorreu no dia 5 de outubro de 2008 das 8h às 17h. A candidata do PT Luizianne Lins venceu liderando uma coligação de 12 partidos que envolveu toda a base progressista e de esquerda que da sustentação ao governo Lula, ao governo Cid e a exitosa gestão na capital. O povo da Fortaleza ratificou seu espírito rebelde e vanguardista.

Após uma campanha de ataques baixos e críticas infundadas e apelativas a prefeita e a gestão popular de Fortaleza pelo tucanato (PSDB) neoliberal e seus aliados, que por sinal quase levaram o país a bancarrota, a prefeita Luizianne Lins do PT e os partidos aliados venceram as eleições no primeiro turno. A deputada Tania Gurgel insiste e continua com o mesmo comportamento que balizou a campanha fragorosamente derrotada dos neoliberais em 2008 em Fortaleza. É o sinal de que a nau está sem rumo. Que os ventos sopram para a outra margem.

Os tucanos e seus aliados privatistas/neoliberais que apresentaram duas “fortes candidaturas” em 2008 para prefeitura de Fortaleza, sofreram ali no dia 5 de outubro, mais uma acachapante derrota eleitoral. A Derrota eleitoral (política por natureza) comprova o declínio político e social do neoliberalismo no Brasil e em nas terras patativenses.

O povo cearense continua ratificando sua tradição libertária. O Ceará que a deputada e para sermos justos alguns, dos seus colegas ainda teima em defender já não existe mais. Por ter sido fruto de um modelo elitista, privatista e anti-povo e intrinsecamente vinculado ao neoliberalismo liderado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os resquícios neoliberais no Ceará tem sido também superado pela onda democrática e popular que avança no país.

A defesa um tanto quanto que intempestiva de uma era que vive o seu ocaso não deixa que alguns percebam os ventos de mudança. Em 2004, 2006 e 2008 em três eleições seguidas os tucanos e aliados sofreram expressivas e sucessivas derrotas no Ceará. Sem falarmos que em Fortaleza o PSDB nunca disputou nem sequer um segundo turno.

É bom lembrarmos que muitas figuras expressivas do tucanato local não conseguiram a eleição por média para a Assembléia Legislativa (alguns não foram eleitos nem na chamada sobra, assumindo a vaga de deputados como suplentes) em 2006 e todos, todos os vereadores de oposição a gestão Fortaleza Bela foram derrotados nas eleições do ano passado para Câmara municipal de Fortaleza. Não estamos falando de suposições e sim de fatos concretos.

O povo Brasileiro pagou caro pelo neoliberalismo, o povo cearense também. Essa página começa a ser virada. Derrotas e mais derrotas sociais e eleitorais são impostas sucessivamente ao neoliberalismo e seus representantes, lições devam ser tomadas. Alguns preferem até como forma de sobrevivência se agarrar ao que resta de um passado não muito distante, passado que o povo sabiamente dele vem se afastando corretamente, por ter provado sua ineficácia e sofrido suas conseqüências.

Vivemos em uma democracia todos podem se expressar e defender suas convicções. Passar por cima da história jamais, principalmente de quem a escreve o povo. E a história da atual quadra política é de derrota do neoliberalismo/privatista. Vivemos um período de construção da consciência cidadã das camadas populares.

Só palavras não bastam é preciso fazer, não basta tambem qualquer fazer, o “fazer” das privatizações, das demissões, da venda da Coelce, da perseguição aos movimentos sociais, da concentração de renda, do abandono do interior e da capital vem perdendo força. Construir uma nova política em que o povo não seja mais visto como coitadinho, ou como massa alienada em que qualquer um se arvora de ser seu porta-voz. Os tempos são outros, melhores, tempo com mais rosto de povo, tempo de sinceridade. O resto é apego a um passado que nunca serviu ao povo e jamais o servirá, tempo, de meia dúzia de ricos, com algumas dezenas de porta-vozes, que falam pela meia dúzia que pensavam sufocar eternamente a voz de tantos, de milhões.

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