domingo, 19 de julho de 2009

Presidente do Equador nega relações com as Farc.

O presidente do Equador, Rafael Correa, negou, neste sábado (18), que sua campanha à Presidência tenha recebido ajuda financeira das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), grupo guerrilheiro que atua há mais de quatro décadas no país sul-americano. Correa ainda pediu que seja investigada qualquer eventual ligação de seu partido com o grupo guerrilheiro e disse que as acusações, classificadas por ele como “bobagens”, fazem parte de uma “campanha contra os governos progressistas da região”.
As declarações do líder equatoriano são uma resposta a um vídeo divulgado na última sexta-feira que mostraria um dos principais líderes militares das Farc, Jorge Briceño Suárez, conhecido como “Mono Jojoy”, dizendo a outros rebeldes que a guerrilha teria ajudado a financiar a campanha eleitoral de Correa.
No vídeo, supostamente gravado em 2008 e transmitido pela agência de notícias AP e por canais de TV colombianos, Mono Jojoy aparece falando sobre “ajuda em dólares para a campanha de Correa e conversas com seus assessores”.

Investigação

Em um pronunciamento transmitido este sábado pela televisão equatoriana, Correa foi irônico a respeito das acusações e se apresentou dizendo que “aqui fala o terrorista internacional financiado pelas Farc”.

Embora o governo equatoriano já tivesse negado, ainda na noite de sexta-feira, qualquer envolvimento com a guerrilha colombiana, Correa foi enfático e pediu que as acusações sejam investigadas.

“Estou pedindo que investiguem se o governo equatoriano ou a Alianza Pais (partido de Correa) recebeu, alguma vez, vinte centavos de qualquer grupo estrangeiro, não apenas das Farc”, afirmou.

“Lembrem-se que, durante a campanha eleitoral, afirmaram que (o presidente venezuelano Hugo) Chávez estava nos financiado, depois os traficantes de drogas, e agora as Farc”, disse.

Campanha

O presidente equatoriano ainda acusou grupos dos Estados Unidos e da Colômbia de estarem por trás de uma “campanha sistemática” contra os governos de esquerda na América Latina.

“Há uma campanha sistemática para desestabilizar os governos progressistas deste continente. O (golpe de Estado em) Honduras não é algo isolado, há grupos poderosos em alguns países, como Colômbia e Estados Unidos, que estão por trás desta campanha”, afirmou. “Eles não podem ganhar de nós nas urnas, querem ganhar com mentiras”.

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