quarta-feira, 15 de julho de 2009

CPI da Petrobras. Os tucanos e aliados ainda querem privatizar a Petrobras.















Jucá, João Pedro e Crivella vão comandar a Comissão
Após a votação, o Presidente eleito anunciou o nome do relator e o início dos trabalhos para o dia 6 de agosto, após o recesso parlamentar. Segundo João Pedro, a reunião está marcada para às 10 horas, quando será analisado o plano de trabalho do relator e apreciados os requerimentos. O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) foi eleito o vice-presidente.

O petista João Pedro (AM) e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) foram escolhidos presidente e relator das CPI da Petrobras, instalada na tarde desta terça-feira (14), no Senado. Diante da queixa da oposição que queria “manter a tradição” e ficar com um dos cargos de liderança da Comissão, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) disse que na época do governo de Fernando Henrique Cardoso, a minoria nunca ocupou nenhum cargo.
Para o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), membro da CPI, a base do governo agiu corretamente ao assumir os dois cargos. “A base governista tem maioria e fez valer sua maioria”, disse o senador comunista, enfatizando que “se tem maioria e não faz valer, não merece ser governo.”
Ele reafirmou as palavras de Mercadante de que no governo FHC, a minoria nunca teve cargos de direção em CPI. “Nem tinha CPI, o que tinha era um Procurador da República que ficou com a alcunha de engavetador de República, em referência do ex-procurador Geraldo Brindeiro, que arquivava todas as denúncias contra o governo neoliberal de FHC.

PAC que incomoda

Uma vez instalada a CPI, a expectativa é de que a ação da oposição seja de tentar paralisar a Petrobras. “É o que a oposição deseja, paralisar seus empreendimentos”, avalia Inácio Arruda, explicando que o alvo da CPI não é um ou outro funcionário, um ou outro projeto, mas sim a empresa, que tem responsabilidade de conduzir o maior programa de obras públicas, que é o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
“Essa empresa que se põe na berlinda na CPI tem essa responsabilidade. A Petrobras é responsável no Governo Lula por metade dos empreendimentos do maior programa de obras na história recente do país. Quase 250 milhões de reais em investimentos – essa é a questão central”, afirma o senador, acrescentando que “o seu êxito fortalece ainda mais o Governo de Lula.”
A posição da base governista é de proteger a empresa e impedir que suas obras sejam paralisadas. “Vamos investigar denúncias, os contratos, a quem beneficiou, se a própria oposição tenha sido beneficiada, ou se foi da base (governista), ou se ocorreram irregularidades por qualquer outro motivo. Isso se corrigi, mas não se deve paralisar as atividades”, adianta Inácio Arruda.

O que atrai a mídia

A grande cobertura da mídia ao evento chama atenção do senador do PCdoB. Segundo ele. Para ele, a mídia dá amparo à oposição e segue à risca a cartilha dos demo-tucanos – a oposição formada pelos Democratas e PSDB. Não é por que a CPI vai discutir uma ou outra irregularidades entre os milhares de projetos que a Petrobras executa no Brasil e no exterior que a mídia foi atraída.
O sucesso do Governo Lula incomoda os ex-donos do poder absoluto do país, que eram donos do governo e do poder econômico, e querem atingir o PAC e o Presidente Lula às vésperas das eleições de 2010, quando se decidirá a sua sucessão. E a oposição conta com o apoio da mídia nesta empreitada.

De Brasília
Márcia Xavier

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