sexta-feira, 10 de julho de 2009

Petista defende Dilma contra ataques da oposição sobre erro em currículo

O deputado federal José Genoino (PT-SP) rebateu duramente, nesta quinta-feira (9), a exploração política que a oposição tem feito por causa de informação colocada no currículo da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Em discurso no plenário, respondeu diretamente ao deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), que fez acusações e ilações a respeito do caso. A oposição tem repercutido reportagem de uma revista mensal sobre o suposto erro do currículo da ministra, o que foi desmentido em nota divulgada há dois dias pela Unicamp.

A Unicamp informou que a ministra foi aluna dos programas de mestrado e doutorado da universidade mas não concluiu a elaboração e a defesa de teses nos cursos -necessários para a obtenção dos títulos de mestre e doutor. Anteriormente, a Unicamp havia informado que Dilma não havia sido nem mesmo aluna do mestrado, mas retificou o dado.

“Qual é o interesse de um líder partidário transformar um erro na Unicamp como se fosse um crime da ministra Dilma? Atingi-la politicamente, porque a ministra Dilma é uma liderança importante do Governo, coordena programas estratégicos e se projeta no cenário nacional como uma provável liderança na disputa de 2010”, afirmou Genoino. O parlamentar petista observou que a reportagem, publicada na revista Piauí, foi originada de uma informação inverídica, mas mesmo assim a imprensa e os articulistas têm feito coro com a oposição.

“Os líderes da oposição não querem enfrentar o debate sobre o sucesso do governo Lula, em relação ao crescimento do PIB, ao controle da inflação, ao (aumento do ) salário mínimo, à política externa”, disse Genoino. Segundo ele, a oposição não aguenta ver o presidente Lula recebendo um prêmio da Unesco conferido a líderes notáveis, bem como a diminuição do chamado risco-país e o fato de o Brasil atravessar a crise com o elogio das principais revistas econômicas internacionais.

Genoino disse que a oposição também não admite ver um governo bem-sucedido e apoiado pela maioria da população. “Como não podem discutir programas, políticas e alternativas, procuram tangencialmente fazer essa espécie de fustigamento, que é uma guerrilha de palavras para atingir a figura das pessoas”. Assim, recomendou à oposição analisar os dados sobre os êxitos do governo Lula, para levar o debate ao plano político e das idéias, do programa, dos objetivos para o País, e não esse debate tangencial procurando atingir a figura da Ministra Dilma Rousseff.

Genoino criticou Aleluia por ter feito “colocações desrespeitosas, com objetivo político de atingir a ministra Dilma Rousseff”, chegando a levantar os Códigos Civil e Penal. Genoino leu a nota da Unicamp sobre o registro acadêmico da ministra, na qual a universidade informa que a ministra foi efetivamente aluna regular do programa de pós-graduação em Ciências Econômicas, no nível mestrado (Registro Acadêmico nº78.5090.) A pós- graduação cumpriu os créditos obrigatórios nas disciplinas exigidas pelo programa de pós-graduação, faltando a elaboração e a defesa de sua dissertação.

Com isso, a direção da Unicamp retificou a informação prestada anteriormente à Revista Piauí, por sua diretora acadêmica, a qual gerou toda a polêmica. Segundo a nota, o “erro decorreu do fato de que, ao efetuar a busca do nome da pós-graduanda no sistema de registros acadêmicos da Unicamp, deixou-se de levar em conta o sobrenome final (Linhares), que a Sra. Dilma Vana Rousseff usava na época e que jánão consta de seu registro acadêmico do curso de doutorado”.

Acrescenta ainda que de “ 3 De março de 1988 a dezembro de 1999, a Sra. Dilma Rousseff matriculou-se como aluna regular no programa de doutorado em Ciências Econômicas (Registro Acadêmico nº98.2714), na mesma unidade da Unicamp.” Lá, existem cursos de pós-graduação em que o mestrado não é pré-requisito para a realização do doutorado.

O currículo da ministra na Plataforma Lattes- base de dados acadêmicos do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico)- indicava que ela havia preparado e defendido a tese de mestrado. A ministra já admitiu o equívoco e disse que não preparou a tese em virtude do trabalho em cargos públicos.

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