terça-feira, 21 de julho de 2009

Dois projetos antagônicos, a mediação possível e a autocrítica tucana.

Se o PT como um importante partido aliado que apóia e participa da base de sustentação e do governo de Cid Gomes-PSB com o objetivo de superar o neoliberalismo em nosso estado (em consonância como projeto nacional do partido), não puder se posicionar sobre movimentações políticas dos seus aliados em vista as eleições de 2010 deixará de cumprir seus objetivos e seu papel enquanto partido político. O PSDB e seus aliados neoliberais sustentaram uma perversa política administrativa, econômica e ideológica (neoliberalismo) no Brasil que quase o leva a bancarrota. A resistência do nosso povo, das forças progressistas e de esquerda foi e está sendo decisiva para a consolidação de um rico processo de reversão do quadro de desagregação social e destruição econômica do país legado pelos neoliberais simbolizadas na aliança PSDB/DEM (ex-PFL).
A seção cearense do PSDB foi uma dos principais sustentáculos das privatizações e da trágica experiência política e administrativa que quase levou o país a beira da falência econômica, a degradação do tecido social e a desesperança a ampla maioria do nosso povo. Mesmo após sete anos de avanços e de superação da lógica elitista e autoritária de governar o país, representada pelo governo Lula e seus aliados o PSDB continua tentando o seu retorno ao governo para dar continuidade da sua política de privatizações e a destruição do que restou do patrimônio publico brasileiro (serviços, servidores e instituições).
É no Ceará que se expressa também uma maior ação oposicionista do PSDB ao governo do presidente Lula e as nossas administrações progressistas e populares, em especial a administração do PT em Fortaleza. O senador tucano/neoliberal Tasso Jereissati lidera a oposição ao projeto democrático e popular em curso no país e suas experiências locais. Coordena a oposição neoliberal no país e articula a chapa de direita para a presidência em 2010 que poderá ter José Serra como candidato.O PT do Ceará cumprindo seu programa e construindo as alianças com o campo progressista e popular, apoiou e apóia o governador Cid Gomes do PSB e o seu governo, da qual fazemos parte e colaboramos ativamente. Os nossos objetivos são claros: consolidarmos a base de sustentação do projeto democrático e popular em todos os âmbitos em curso no país e iniciarmos um processo que achamos está em curso com os avanços e limites inerentes a sua composição política de superação do neoliberalismo no Ceará. Aprofundar as políticas de cunho social que leve a superação da era de privatizações como a da Coelce (afora outras), da perseguição aos servidores e ao serviço público e a busca da consolidação de um governo progressista, transparente que priorize a ação distributiva de renda, saber e poder do estado, foram os pontos cruciais que balizaram a aliança com a base progressista de sustentação ao governo Lula que compôs o arco de aliança que elegeu a chapa Cid Gomes-PSB/Pinheiro-PT para o governo em 2006.
O PSDB vem perdendo espaço por opção do povo cearense. São sucessivas derrotas eleitorais, sociais e políticas, em 2010 não será diferente o projeto democrático e popular avançará e o neoliberalismo continuará em decadência.
O PT não tergiversa quanto ao antagonismo dos seus objetivos, que se confundem com os anseios da maioria do povo brasileiro em contraponto a intenção do PSDB e aliados neoliberais de retomarem o controle do governo central brasileiro para continuarem sua danosa política de submissão do país ao capital financeiro e de beneficio de uma minoria que por quase cinco séculos confundiram seus interesses com o estado brasileiro. O apoio aos candidatos do palanque liderado pelo presidente Lula e os candidatos da base progressista, com chapa ao senado (dois candidatos fortes e competitivos, sendo um do PT) e manutenção de um vice-governador petista na chapa de reeleição do governador Cid Gomes será a busca (já aprovada em resolução unânime) do PT para as eleições de 2010. Acho difícil, para não dizer impossível o PSDB ser partícipe dessa compreensão e está no palanque de reeleição de Cid Gomes-PSB nesse contexto. Se estiver, poderemos entender como uma autocrítica dos “tucanato”, que para ser completa deve passar pela desistência de lançarem candidato à presidência e declararem apoio ao candidato ou candidata (o mais provável) apoiada pelo presidente Lula para continuidade do projeto democrático e popular que vem mudando para melhor o nosso país.
Governos precisam e é legitimo(dento de limites éticos e politicos óbvios) lutarem para ter maioria parlamentar, faz parte contarem nessas bases (não mais como hegemonia) dos resquícios simbólicos de um passado que sucumbe. Os que compreendem os novos tempos avançam e progridem, os que param no tempo são inexoravelmente suplantados pela onda avassaladora que traz o novo.
Antonio Carlos de Freitas Souza
Secretário Geral PT-Ceará

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