domingo, 15 de março de 2009

Democracia, democratismo, liberdade de imprensa e a participação do ouvinte. “Liga, liga, liga, liga ou faça o seu comentário”.

Não existe democracia consolidada, o que garante sua existência é a luta permanente por ela.
Não deve haver limites para democracia, mas é imprescindível que para que ela seja realmente uma democracia é necessário que existam regras construídas de forma coletiva e democrática, em que pese o pleonasmo.
Não podemos confundir liberdade de imprensa com liberdade de empresa.
Na minha concepção liberdade é fazermos o quisermos individualmente no limite do contrato social que deva ser construído coletivamente e de forma democrática. Portanto a liberdade individual ou coletiva, de grupos ou segmentos da sociedade está submetida a um contrato maior do qual nenhum cidadão ou cidadã pode está acima.
Participação e liberdade dos ouvintes, do leitor em um veículo de comunicação é algo que considero importante e construtor de uma comunicação participativa. O que não podemos é reduzir a democracia nos órgão de comunicação somente com o "abrir o microfone para o ouvinte" ou a página do jornal ou do blog para os seus comentários. A emissão de opiniões distorcidas, machistas, preconceituosas, discriminatórias e degradantes da pessoa humana parta de onde for ou de quem quer seja devem ser esclarecidas, corrigidas e em muitos casos abominados pelo órgão, mediador, locutor, apresentador ou o responsável imediato pela interlocução naquele momento. É um grande equivoco não fazê-lo, o profissional de comunicação tem um papel pedagógico e social.
Se for em uma participação ao vivo ou mesmo subseqüente a uma informação ou debate é uma obrigação do profissional esclarecer e abominar de pronto o machismo, a homofobia, o preconceito, a agressão moral, o racismo, o pedido de golpe, a pedofilia, a falsa informação, a injustiça, a baixaria e demais comportamentos que ferem as regras de convivências social, sejam elas legais ou construídas pela consciência cidadã da população.
Falo isso sem nenhum problema de fazer esse debate. Há um equivoco sobre o que seja liberdade de imprensa. A liberdade de imprensa é não esta acima da constituição e das regras democráticas que regem o país. Qualquer profissional ou órgão de imprensa tem a liberdade de dizer o que pensa, isso é correto e legítimo. Não se avança e reforça a liberdade, seja ela qual for, inclusive a de imprensa quando um órgão ou profissional de imprensa diretamente (os próprios emitem o desrespeito à dignidade humana) ou indiretamente não reagem , esclarecem ou até abominem a participações de ouvintes leitores ou blogueiros que agridem moralmente, denunciam sem fundamento, reproduzem à descriminação, os preconceitos, a homofobia, o machismo, o achincalhamento das pessoas, agridem a dignidade humana , incentivam a violência, a homofobia o machismo, e o senso comum de que todos os políticos são ladrões.
Esse é um debate delicado. A liberdade de imprensa, um grande avanço e fundamental para consolidação da democracia. É a garantia de que profissionais e órgãos, ouvintes, telespectadores e leitores manifestem livremente sua opiniões, é uma conquista importantíssima. Não se pode é pensar que por conta dessa importante conquista órgãos ou profissionais de imprensa esteja acima da lei ou do bem e do mal em relação a qualquer cidadão. É sagrado o exercício livre da sus profissão e da emissão das suas opiniões. Não menos sagrado que as regras democráticas do país que garante a liberdade para todos. Liberdade de falar, dizer o que pensa e de arcar com as conseqüências quando as regras da convivência societária e democrática, pilastras que dão sustentação à liberdade são desrespeitadas.

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