Nos últimos dez dias, o Pará e o Brasil têm sido notícia na imprensa, nacional e internacional, devido aos conflitos no campo, em especial aos recentes acontecimentos onde cerca de dez pessoas ficaram feridas no confronto entre trabalhadores rurais e jagunços da fazenda Santa Bárbara, que tem como sócio o banqueiro Daniel Dantas. A representante dos latifundiários no Senado, Kátia Abreu (DEM-TO) chegou a pedir intervenção no Pará. Os movimentos sociais repudiam a onda conservadora. O clima na região é tenso, pois os sem-terra estão acampados na Fazenda Espírito Santo, a 35 quilômetros da fazenda Santa Bárbara, com presença de seguranças contratados por latifundiários da região. Para apimentar mais os acontecimentos, a senadora Kátia Abreu, representando interesses dos grandes latifundiários do país, pede intervenção federal no Pará, para, segundo ela, reintegrar 111 propriedades. A grande questão é que atualmente existe, por parte dos setores conservadores do país, uma tentativa de criminalizar os movimentos sociais no Brasil, ao mesmo tempo que busca desgastar governos democráticos como o de Lula e de Ana Júlia. Governos estes eleitos legitimamente em repúdio ao projeto conservador que era implementado no Brasil e no Pará, apoiados por grandes banqueiros e latifundiários. Buscando combater as atitudes desses setores que buscam retomar seus projetos de saque das riquezas do Brasil e do Pará, os movimentos sociais lançaram uma nota pública denunciando toda essa situação. Segue abaixo a nota dos movimentos sociais: Nova onda conservadora contra os movimentos sociais Uma nova onda conservadora, de tentativa de criminalização dos movimentos sociais, volta a se manifestar no Brasil e no Pará. As viúvas dos neoliberais, sequiosas pela volta de um projeto antidemocrático para governar o Brasil e o Pará tiveram a ousadia de propor, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a intervenção no Governo do Estado do Pará. O governo de Ana Júlia é um governo legitimamente eleito, fruto de um processo democrático, sintonizado com o projeto popular coordenado atualmente pelo presidente Lula. Diferente dos governos tucanos, apoiados pelo DEM, partido da Senadora Kátia Abreu, o governo atual mantém um canal de diálogo com todos os movimentos sociais e tem um entendimento novo sobre a questão dos direitos humanos. Comungamos da opinião de que o problema fundiário na Amazônia e no Pará é complexo e que não deve ser tratado como caso de polícia. A Constituição Federal, ao mesmo tempo, que assegura aos brasileiros o direito de propriedade, assegura também de que esta propriedade sirva a uma função social. Só daremos resposta aos graves problemas sociais que ainda enfrentamos na medida em que haja desenvolvimento com a valorização do trabalho, que milhões sejam efetivamente integrados à produção e através de uma reforma agrária antilatifundiária e justa. A crise do capitalismo que atinge o mundo, fruto da cobiça do sistema financeiro, não será paga pelo povo brasileiro e paraense, em particular os trabalhadores. Exige sim, respostas avançadas que atendam aos setores produtivos com investimento na infra-estrutura, fortalecimento do mercado interno, que gera emprego e renda, e que garanta os direitos sociais. Neste sentido, as diversas organizações de trabalhadores, moradores, jovens, estudantes, acadêmicos e outras vêm manifestar o seu repúdio à proposta de intervenção em nosso Estado. O povo paraense, herdeiro da Cabanagem, dirige o seu destino. Aqui tem governo e tem povo que sabe o que quer. Não à intervenção no Estado do Pará ALESSA – Associação de Livre Expressão de Ananindeua Do site: www.pt.org.br com informações do site Vermelho |
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Movimentos sociais repudiam onda conservadora no Pará
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Tudo o que a Sen. Katia Abreu merece pela sua recente atuação política é repúdio.
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