quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Lula recebe Zelaya para discutir Honduras e Brasil reitera condenação ao golpe

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, discutirá nesta quarta-feira (12), em Brasília, a situação de seu país com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo informou hoje o Itamaraty. Ao anunciar o encontro, o Ministério de Relações Exteriores reiterou a condenação do governo brasileiro ao golpe que derrubou Zelaya e insistiu que o presidente seja reempossado "de modo incondicional e no mais breve prazo possível".

O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), solicitou ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), gestões para que Zelaya compareça ao plenário a fim de conhecer todas as moções e medidas de solidariedade aprovadas pela Casa contra o golpe em Honduras, ocorrido no dia 28 de junho. “Acho que é uma manifestação nossa consistente contra o golpe em Honduras, e é importante para a democracia e para o mundo a Câmara receber o presidente Zelaya”.

A própria bancada do PT, em nota assinada pelo líder, já condenou “de forma veemente” o golpe de Estado levado a efeito pelas Forças Armadas de Honduras contra o governo de Zelaya. Na nota, a bancada do PT expressou que a única forma de superar a crise hondurenha reside na devolução do poder ao presidente legítimo; também manifestou apoio à diplomacia brasileira e dos demais países latino-americanos que se negaram a reconhecer um governo originário de um golpe de força.

O governo brasileiro, conforme observou o Itamaraty em nota oficial nesta terça-feira, apoiou todas as resoluções da Organização dos Estados Americanos, as declarações do Mercosul, da União das Nações Sul-americanas (Unasul) e do Grupo do Rio, “na perspectiva de um retorno pacífico e imediato do Presidente Zelaya”.

Desde que foi deposto por militares e enviado a Costa Rica em 28 de junho, Zelaya tem tentado retornar ao seu país. Embora o golpe tenha sido condenado por todo o continente e por organismos internacionais, o governo de fato liderado pelo presidente Roberto Micheletti não cedeu às pressões crescentes para permitir o retorno de Zelaya. O atentado à democracia em Honduras recebeu o repúdio unânime de todas as nações do mundo, inclusive dos Estados Unidos.

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